Canela,

18 de abril de 2024

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Hospital deve permutar capelas do centro por construção de nova ala

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Uma reunião realizada na manhã de hoje, 23, na Câmara de Vereadores, externou a preocupação dos mesmos com a situação das capelas mortuárias do centro e ainda abriram um impasse que logo vai entrar na pauta da política municipal.

As atuais capelas mortuárias da Rua Augusto Pestana, esquina da Teixeira Soares, são de propriedade do Hospital de Caridade de Canela. Há alguns anos, o Lions Club realizou uma reforma no local que foi cedido à ACM – Associação Cristã de Moços, para que administrasse o uso e fizesse as reformas necessárias.

Segundo alguns canelenses, e foi o que motivou a reunião na Câmara, as capelas não apresentam condições ideias para a realização de velórios.

Presente na reunião, Antônio Saldanha, presidente do HCC revelou que a área deve ser oferecida, nos próximos dias, para uma permuta por área construída, logo, o local deixará de abrigar as capelas mortuárias.

Ou o Hospital aberto ou as capelas

Saldanha explicou que o Hospital deve mais de R$ 1,2 milhões ao Governo do Estado, de uma verba da Consulta Popular que deveria ter sido usada na construção da nova urgência/emergência.

Porém, tal dinheiro foi aplicado em parte do PPCI – Plano de Prevenção Contra Incêndio do Hospital e na folha de pagamento.

Como o Hospital usou essa verba e não terminou a obra, foi intimado pelo Governo do Estado a devolver o valor corrigido e incluído no CADIN – Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal, uma espécie de Serasa, ou SPC de órgãos públicos.

Através de uma negociação com o Governo do Estado, a direção do Hospital obteve prazo para devolver o dinheiro ou terminar a obra até 2021.

A solução encontrada pela administração do Hospital, em conjunto com o conselho comunitário, foi dispor da área onde estão as capelas, para uma empresa ou empreendedor, que, em troca do imóvel, construa ou pague a construção da nova ala do Hospital.

Saldanha frisa que, logo, um edital de concorrência deve ser publicado, divulgando as normas em que tal permuta deve acontecer.

O valor da venda ou permuta, deverá necessariamente passar por uma conta bancária da Consulta Popular e aplicado exclusivamente na finalização da nova ala.

“A comunidade deve saber que esta construção representa um grande avanço para a área da saúde. Serão mais 16 leitos para o SUS, uma nova urgência/emergência, com exames laboratoriais em imagem”, diz Saldanha.

Segundo o administrador do Hospital, se não for negociada a área da capela, além de a comunidade perder esta obra, o hospital terá de desembolsar os R$ 1,2 milhões.

Obra não foi finalizada e por usar dinheiro em outro fim, Hospital deverá devolver R$ 1,2 milhões

A grande questão

Ao final, fica a questão: de quem é a responsabilidade de oferecer um serviço de capelas comunitário? Como o poder público pode e vai ajudar nesse impasse?

Afinal, o Hospital, para sobreviver, deve receber novos recursos e seu objetivo é atender à saúde da comunidade.

Sendo assim, as sugestões dos vereadores para a área das capelas acabaram por não surtindo efeito, mas você confere em nossa edição impressa desta sexta-feira, uma matéria completa sobre este assunto.