Canela,

18 de setembro de 2024

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Corpo de homem é encontrado em beco da Padre Cacique: morte pode ter sido o terceiro homicídio do ano em Canela

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Corpo foi enviado ao Departamento Médico Legal

 

ATUALIZAÇÃO:

Na noite de quinta, 23, o delegado de Polícia Vladimir Medeiros informou que o DML afirmou de maneira informal que a causa da morte foi um corte na mão esquerda e que o corpo não possuia lesões significativas. A Civil segue investigando para averiguar se o caso se trata de um acidente ou a lesão que levou o homem à morte foi causada por terceiro.

 

Assista ao vídeo:

 

 

A Polícia Civil de Canela investiga as circunstâncias da morte de Rogério Pereira, 51 anos, cujo corpo foi encontrado ao lado de um canal de esgoto, há 50 metros da casa em que morava, na manhã do último domingo, 19.

Rogério Pereira, 51 anos – Foto: Reprodução

A casa de Rogério está localizada em um Beco da Rua Padre Cacique, distante cerca de 100m de uma das principais vias da cidade, a Rua João Pessoa, onde moram também cerca de 15 famílias.  A Brigada Militar foi avisada de que o corpo foi encontrado por volta das 8h, mas sabe-se que o corpo já havia sido localizado duas horas antes.

A Polícia Civil chegou no local e isolou a área. A casa onde o homem morava apresentava visíveis sinais de luta corporal, tais como móveis virados, janelas quebras e muito sangue, em algumas das peças e também em volta da residência.

O Instituto Geral de Perícias foi chamado e deve determinar o que causou a morte. O corpo estava há menos de dois metros de um canal de esgoto nos fundos do terreno, jogado de barriga para cima em um capoeiral.

Marcas de sangue foram encontradas na trilha que leva ao valão, em pedras, dentro do curso de esgoto e na vegetação do entorno. Rogério apresentava um corte profundo na mão esquerda e estava com a roupa molhada, sinal de que possivelmente havia caído no esgoto. A camiseta que o homem vestia apresentava sinais de que ele teria sido arrastado até onde foi encontrado. O corpo foi enviado ao Instituto Médico Legal.

O delgado de Polícia Vladimir Medeiros afirmou que a autópsia deve determinar a causa da morte, mas a hipótese mais provável é a de homicídio, que seria o terceiro do ano na cidade.

Móveis revirados e sangue na porta da casa

A Polícia Civil tem dificuldades em solucionar o caso, pois, apesar de ser uma viela sem saída e ter pelo menos 10 casa no entorno, nenhum morador disse ter notado nada de anormal na madrugada do último domingo.

Causa estranheza o fato de que antes mesmo de a BM ser acionada, o proprietário da área foi alertado do fato e comunicado que havia um morto em sua propriedade. A hipótese de latrocínio foi afastada, pois os familiares não notaram a falta de nada de valor no interior da residência e a carteira e telefone celular de Rogério estarem no seu quarto, ao lado da cama.

O delegado Medeiros aguarda os laudos do IML e IGP para dar seguimento à investigação e salienta que quem puder colaborar com informações pode ligar para a DP de Canela, no fone (54) 3282-1212, de maneira totalmente anônima e segura.

Rogério trabalhava como repositor em um mercado da cidade e segundo familiares e colegas era uma boa pessoa, mesmo tendo problema de alcoolismo.

Curiosidades:

A área em que ocorreu a morte de Rogério Pereira é particular, conhecida por diversos antecedentes policiais envolvendo uso e tráfico de drogas, prostituição e violência doméstica, além de diversos problemas sociais. É fácil notar “gatos” na energia elétrica e casas com a mínima condição de segurança e saúde.

Além do fato de nenhum morador colaborar com a Polícia, já que nenhum notou nada anormal na madrugada do fato, alertaram o proprietário do beco para que o mesmo tomasse providências.

A Brigada Militar só foi comunicada cerca de duas horas depois que o corpo foi encontrado.

Mesmo com a movimentação da Polícia e peritos do IGP, o último morador do beco assava carne tranquilamente, com o corpo de Rogério a menos de 10m em frente à sua porta, ao som do “batidão” de é hoje, da funqueira Ludimila, que ecoava de uma casa na entrada da viela.

 

Fotos: Francisco Rocha