Canela,

17 de abril de 2024

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360 Graus por Francisco Rocha: Câmara de Vereadores, Corneta, Legitimidade, Gilberto Cezar e Uber

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Um, dois, três, quatro…

Não que eu não acredite em resocialização, muito pelo contrário, tipo barba revezada…

Mas fica evidente que alguma coisa de errada está acontecendo na região, basta ler as últimas notícias policiais. As da Brigada, aqui ao lado, mostram dois homens que foram presos já várias vezes, somente neste ano.

O que tem de errado? Não estão sendo presos? Não estão ficando no presídio?

Eu e você devemos concordar que no mínimo é curioso termos essas mesmas notícias com delinquentes diferentes a cada semana.

Câmara de Vereadores

Tenho ouvido as manifestações de alguns vereadores de que a imprensa não está dando espaço, divulgando as suas discussões.

É verdade. Aqui na Folha estes assuntos são divulgados apenas quando este editor considera os temas (nesta ordem) legítimos, de utilidade pública e abordados da forma correta.

Acho que esclarecendo esse critério, fica fácil perceber por que muitos assuntos relacionados à Câmara não têm espaço na Folha.

Corneta

Bom, essa semana estive vendo que muitas pessoas, de diversas entidades, estão chateadas com as críticas em redes sociais. Acreditam que o povo de Canela não faz por merecer os seus esforços.

As redes sociais são uma coisa relativamente nova e deu voz a quem nunca teve espaço para ecoar suas opiniões.

Assim como elas ajudam a dar mais transparência em muitas coisas e acabam mobilizando as pessoas para ações de utilidade pública, acabam proliferando muitas abobrinhas.

Mas a culpa não é das redes sociais, é de seus usuários. Eles sempre pensaram assim, apenas agora tem um canal para expressar suas ideias.

O que não deve ser feito é potencializar essas opiniões. Em uma pauta que essas críticas foram comentadas eu usei duas expressões, uma o pessoal até achou engraçado: corneta, até picolezeiro toca… e só recebe crítica quem está fazendo alguma coisa.

Vivemos em uma época em que filtrar o que se escuta ou lê é realmente necessário.

Legitimidade

Sabe um daqueles critérios sobre as pautas da Câmara que são ou não publicadas, pois é, um desses assuntos, a questão das áreas invadidas.

Amigo, é claro que as pessoas que vivem em áreas invadidas têm direitos. Mas, no fim das contas, é área invadida.

Só acho que a regularização de áreas invadidas merece ser muito bem discutida e não fazer demagogia em tribuna de Câmara. Quem gera emprego e renda neste país já está de saco cheio de pagar a conta de decisões equivocadas de políticos.

Sendo assim, vou construir irregularmente no meu terreno e quero que a Prefeitura dê jeito, vou abrir um negócio irregular e querer que a Prefeitura dê jeito e assim por diante…

Isso é reflexo de anos e anos de administrações que fecharam os olhos para as invasões e aí você pode botar no mesmo saco todos os prefeitos que passaram por Canela há mais de 40 anos.

Ah, vale lembrar que teve gente ganhando, e ainda ganha, muito dinheiro em cima de quem mora em área invadida, isso sem falar em votos.

Partido por partido, nenhum tem legitimidade para reclamar ou defender nada nesta questão. O ideal é botar a viola no saco e começar a trabalhar mais e gritar menos.

Até porque, se grito adiantasse alguma coisa, porco não morria.

Gilberto Cezar

O vice-prefeito Gilberto Cezar é um dos possíveis nomes para concorrer a deputado estadual. Gilberto já tem algumas articulações neste sentido e talvez seja o único, ou um dos poucos, candidatos de toda a nossa macrorregião.

O que é muito bom. Gilberto tem um perfil de legislativo e termos um representante regional na Assembleia Legislativa do Estado seria importantíssimo para a região das Hortênsias, independente de partido.

É claro que tem muita água para passar por baixo da ponte nas eleições do ano que vem veremos novamente aquelas caras que só vemos de quatro em quatro anos, embaixo dos braços dos cabos eleitorais. Mesmo assim, acredito que Gilberto tem boas chances.

Será desta vez vamos eleger um deputado estadual na região?

Uber I

Amigos, vamos ver a questão do Uber (aplicativo de celular para transporte urbano, semelhante ao táxi)? É a mesma coisa que vimos com o food truck, com o aluguel de temporada e por aí vai.

Tem volta? Não! Está acontecendo? Está! O que é preciso fazer então? Simples, regulamentar.

Agora, regulamentar não significa proibir. Não adianta os taxistas e defensores destes acharem que o Uber vai ser barrado em Canela, porque não vai, é uma tendência mundial.

Uber II

Quem está dirigindo Uber hoje em Canela? Pessoas de fora, que vêm pra cá, ganham os pilas e vão embora. Está certo? Não. Quem perde? Além dos taxistas, a cidade toda.

Então, quem deve ser cobrado sobre isso? A Prefeitura, que tem que ter toda a agilidade para regulamentar a questão.

Li a proposta do vereador Jerônomi Terra Rolim e acho que é por aí mesmo. Emplacado em Canela, negativa de antecedentes criminais e por aí vai.

Tem que endurecer, tem que regulamentar, mas impedir é impossível.

Uber III

Agora, o outro lado também deve ser visto. Rever a concessão dos táxis em Canela, tarifa, qualificação do condutor e do veículo, número de placas concedidas..Só “venha a nós” e o “vosso reino” que se exploda, não dá né?

Mas, aí o pessoal da Prefeitura vai ter que ter o saco roxo pra mexer nesta abelheira. Duvido que façam.