Força da comunidade escolar fez com que as refeições continuassem até agora
A Escola Estadual Neusa Mari Pacheco, o CIEP, tem tido muita dificuldade em manter o almoço para até 800 alunos que frequentam as aulas em turno integral. O atraso no repasse de verbas por parte do Governo do Estado é o principal motivo.
Segundo diretor Márcio Boelter, o almoço ainda não foi interrompido graças ao esforço da comunidade escolar, do CPM – Círculo de Pais e Mestres e de colaboradores.
“A produção da escola, no Centro Agrícola do São João, também colabora para a complementação do cardápio, além das campanhas e promoções, se dependêssemos apenas do Governo do Estado, já estaríamos sem almoço há algum tempo”, afirma Boelter.
O valor para o almoço pelo Governo do Estado é de R$ 1,04 por dia, por aluno, para custear comida e gás. “O valor é o mesmo há cinco anos, neste período, o gás passou de R$ 1, 5 por kg para R$ 7,35”, explica o diretor.
A escola segue empenhada em receber os valores do Governo do Estado, mas sabe que nunca foi tão difícil quanto nos últimos anos. Em 2018, em que o ano letivo iniciou em fevereiro, mas a primeira parcela referente ao almoço foi depositada para a escola no dia 29 de março, com a agravante: R$ 4.800,00 a menos.
Para a compra de alimentos é realizada uma licitação, que leva pelo menos 15 dias para finalizar. Já o gás da cozinha é comprado a granel, pago semanalmente.
O dinheiro que deveria custear o almoço durante o mês de abril chegou apenas esta semana.
“Para estes alunos que estão na escola o dia todo, o almoço é fundamental e, por termos ainda muitas famílias carentes, esta é a principal refeição do dia destas crianças”, finalizou Boelter.