Canela,

19 de abril de 2024

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Luiz Antônio Alves: Canela gaúcha, brasileira e globalizada

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Vários elementos formadores da identidade nacional estão presentes em 26 Estados e Distrito Federal. São 5.570 municípios interligados pelo idioma, símbolos nacionais e pela mesma Constituição Federal. Na área que pesquiso há quatro décadas, some-se a História, Cultura e Genealogia das famílias brasileiras. Por este viés também é possível ter uma noção de como foi estruturada a fonte multiétnica, compondo-se num tripé bem estudado pelo mestre Darcy Ribeiro: índio + branco + negro.
Em todos os quadrantes encontramos associações e relações familiares interligadas pela mesma matriz. A genética, através de testes de DNA tem provado que a maioria da população tem a mesma origem. E o povoamento dos sertões profundos acelerou o processo que carrega a mestiçagem na cor da pele ou nos padrões culturais herdados pelos antepassados distantes ou próximos.
Integrando o mesmo modelo, Canela também pode ser considerada uma cidade bem brasileira. A população atual é composta por diversas origens geográficas aqui mesmo do Rio Grande do Sul, como Porto Alegre, Caxias do Sul, São Francisco de Paula, Taquara, Três Forquilhas, Santo Antônio da Patrulha, Alegrete, Livramento, Bagé, São Luiz Gonzaga, Pelotas, entre outras. De outros estados encontramos linhagens provenientes de Lages, São Joaquim, Laguna, Castro, Lapa, Curitiba, São Paulo, Sorocaba, Itapetininga, Belo Horizonte, Congonhas do Campo, Belém do Pará, Recife e muitas outras. Além mar, temos famílias com costelinha no Arquipélago dos Açores, Lisboa, Cidade do Porto e outras cidades da França, Itália, Alemanha, Inglaterra, Holanda, Bélgica, Rússia, Ucrânia, Polônia e os asiáticos Japão, Coréia do Sul, China e Índia, só para citar alguns.
Portanto, se pararmos para pensar, gente de muitos lugares estão aqui em Canela ou na chamada Serra Gaúcha. E se as gerações contemporâneas nasceram por aqui, sabemos que seus ancestrais vieram de outras partes do Planeta através das imigrações recentes!
E temos outro viés para acrescentar ao estudo genealógico: o turismo. Com a modernização dos conceitos sobre bem estar e promoção de atividades de lazer e conhecimento, os viajantes que chegam aqui também fazem parte de um grupo diversificado. Se fizermos uma pesquisa com os turistas que chegam semanalmente notaremos que eles são provenientes de várias cidades gaúchas, brasileiras e dos cinco continentes!
Muitos sobrenomes conhecidos têm relações com parentes que nem imaginamos ter e que residem em outras regiões: entre meus conhecidos posso citar Schmith, Dossin, Veeck, Wasem, Rocha, Castilhos, Alves, Medeiros, Gil, Oliveira, Boeira, Corrêa, Silva, Silveira, Souza, entre outros. Para pesquisadores, professores e alunos, a Biblioteca Pública guarda o acervo de minhas obras sobre o assunto.

Visitem meu site www.fuj.com.br.