Canela,

28 de março de 2024

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Coluna Oficina da Criança por Melissa Rossi Rupphental: Crianças e Eleições

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O que vem me preocupando muito mais do que o resultado das eleições é o discurso de ódio que acontece no país inteiro.
Mais do que defender um candidato, partido e ideais, as pessoas estão se ofendendo, disseminando ódio, discórdia e ofensas sem limites. Vejo crianças discutindo política, ótimo se não repetissem pensamentos grosseiros e ofensivos que ouvem dos adultos.
Não venho aqui me manifestar, como trabalho com muitos alunos prefiro manter certa discrição e evitar constrangimentos desnecessários.
O que me preocupa é o rumo que a humanidade vem tomando, principalmente por perder o respeito pelo ser humano.
Muitos brigam por políticos que nem conhecem com amigos e familiares. Nunca os governantes vão brigar pelo povo com tanta garra e argumentação como o povo briga por eles.
Respeitar o próximo não se ensina, se aprende em casa através do exemplo. Respeitar o ser humano, do seu jeito, com suas opiniões, defeitos, qualidades e individualidades deveria ser tão natural como qualquer outra função essencial para sobreviver.
A parte da geração que obedece aos filhos e não respeita os pais está também mostrando aos filhos como brigar por política achando que está fazendo a diferença.
Todo o tipo de intolerância é desnecessário. Manifestar opiniões é admirável quando feito com respeito, com procedência, com fundamentos.
O mesmo ser humano que diz lutar por um mundo melhor muitas vezes briga por religião, política, futebol e tantas outras coisas que é melhor nem citar, pois é inacreditável que ainda exista no mundo.
Que exemplo de cidadania estamos passando para nossas crianças? Isso é preocupante! Discursos de ódio, desrespeito e ofensas desnecessárias não deveriam acontecer por parte de um povo que lutou pelo direito ao voto.
Por isso eu escolhi trabalhar com crianças. Trabalho só com a parte boa da vida real. Onde ainda existe inocência, existe esperança e existe amor.
Independente do que a maioria do povo decidir, eu tenho medo mesmo é da humanidade. Do que estamos plantando semeando ódio e do que já estamos colhendo há tempos. A mudança deveria começar por cada um de nós. Olhar para os nossos erros e ver o que é possível fazer para ser a mudança que queremos ver no mundo!
Faça a sua parte respeitando o próximo e independente da sua escolha entenda que se todos preferissem o azul não existiria o vermelho, a vida é feita de opções e cada um é livre para fazer as suas escolhas.