Canela,

19 de abril de 2024

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Servidor da Prefeitura faz acusações contra vereadores através de rede social

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Cemitério Municipal seria palco para vendas irregulares de túmulos e favores políticos

Nesta semana, um vídeo viralizou em Canela, através da rede social WhatsApp, contendo uma conversa gravada, talvez de forma clandestina, entre o então Chefe do Departamento de Limpeza Urbana, Luiz Felipe Neto, e um ex-servidor em cargo comissionado da Prefeitura, sobre o Cemitério Municipal de Canela.
Na gravação, ambos afirmam que o vereador Carlos Oliveira, o Carlão (PDT) realiza a venda irregular de túmulos no Cemitério Municipal, fato que seria de conhecimento do atual administrador do Cemitério. Mais adiante, o diretor do DLU afirma que iria procurar o delegado para expor os fatos, mas que teria sido alertado pelo Prefeito Constantino que não seria o momento desta exposição, pois ele precisava aprovar projetos na Câmara de Vereadores, para os quais seriam necessários oito votos.
Além de Carlão, o vereador Jerônimo Terra Rolim (PSDB) é citado na gravação, dando a entender que votaria junto ao governo em troca de auxílio financeiro para a causa animal.

Investigação
A reportagem da Folha entrou em contato com o delegado de Polícia, Vladimir Medeiros. Ele confirmou que existe uma investigação em andamento na Delegacia de Canela, mas como a mesma corre em sigilo, não revelou o nome dos envolvidos, apenas confirmando que se trata da suspeita da venda irregular de túmulos.

Contraponto
O vereador Carlão, disse à reportagem que vai tomar todas as medidas legais contra as pessoas que lhe “difamaram” na gravação. “Tenho 30 anos de concurso público, 22 deles no cemitério, sem nunca ter respondido a um processo administrativo. Se houve irregularidades no cemitério, foi por parte de pessoas que não trabalham mais lá. Já registrei ocorrência contra as duas pessoas que são identificadas na gravação”, afirmou o vereador, completando que “sempre buscou trabalhar dentro da legalidade e auxiliando a todos em um momento de dor e luto”, com referência ao seu cargo de concurso, no qual realiza sepultamentos e manutenção no Cemitério Público Municipal.
A Prefeitura de Canela, através do Departamento de Comunicação Social confirmou que Luiz Felipe Neto havia pedido sua exoneração na manhã de quarta (11), a qual havia sido aceita pela Prefeitura e, sobre os fatos, emitiu a seguinte nota:
As autoridades policiais têm ciência sobre o ocorrido e já estão tomando as providências cabíveis conforme a legislação. Um pronunciamento ou manifestação oficial por parte do Executivo só ocorrerá após a apuração e conclusão das investigações realizadas pela autoridade policial competente”.