Canela,

28 de março de 2024

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LUIZ ANTÔNIO ALVES: ANTIGOS POVOADORES

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A história de nossa região é rica em detalhes. Graças a Arqueólogos e Antropólogos sabemos que tribos indígenas viviam por aqui há centenas de anos. No início do século XVIII começaram a chegar militares, tropeiros e sesmeiros paulistas, paranaenses, catarinenses e portugueses que iniciaram o processo de povoamento e ocupação territorial.
Desses pioneiros muitos de seus descendentes estão espalhados pela região das Hortênsias, principalmente aqueles do casal Pedro da Silva Chaves e Gertrudes de Gody Leme, considerados os fundadores de São Francisco de Paula. Seus filhos e netos foram herdando e comprando terras ao longo da faixa de campos que chegava aqui próximo a Canela e Gramado. A conhecida Fazenda do Faxinal é um ponto histórico que teve vários proprietários de famílias conhecidas como Amaral, Paula Machado, Soares, Soares de Oliveira e Souza. Já no século XIX outras famílias se fixaram em campos e matas e são reconhecidas como fundadoras tendo patriarcas Joaquim da Silva Esteves, Joaquim Gabriel de Souza e João Correia Ferreira da Silva. A chegada de alemães e depois italianos formataram uma nova aliança familiar e étnica onde aparecem Wasen e Wortmann que tiveram casamentos com filhos de fazendeiros serranos.
Hoje aponto o militar e tropeiro Antônio José Alves de Sá que pela herança da esposa recebeu terras no Fachinal em torno do ano de 1804. Ele nasceu na Freguesia de Santa Isabel, em Lisboa, cerca de 1758, tendo casado em Porto Alegre, no ano de 1789 com Anna Gordiona da Silva Chaves (filha de Joaquim da Silva Chaves e Catharina Ignez de Aguiar). De acordo com o pesquisador Sebastião Fonseca de Oliveira, este casal em 23-12-1814, vende a José Antônio Pereira e a Manoel de Souza Cravo, uns campos e matos denominados “Da Cria” com duas léguas, pouco mais ou menos, confrontando desde a saída da Serra pela estrada velha das tropas e seguindo pela estrada geral, que subiam as tropas para São Paulo, até o Passo Velho que é do Rio Santa Cruz; e saindo por ele acima até donde faz barra no Rio do Pinto, que lhe chamam o Rio da Porteira, e por este dito Ribeirão acima até donde findam as taipas de pedras que servem de divisa, e por esta dita acima à costa da mesma Serra até a estrada velha.
Seus descendentes são encontrados em várias cidades gaúchas, incluindo a capital Porto Alegre e também no Rio de Janeiro. Alguns sobrenomes que fazem parte desta linhagem: Fróes e Silva, Sá, Oliveira, Castro Menezes, Pancada, Pinheiro Bittencourt, Teixeira, Lucena, Mabilde Bruck, Caldas, Cirne Colares, Brito, Wolwacz, Prévidi, Ferreira Alves, Pereira e Warpechoviscki, entre outros.
Para quem se interessar sobre o assunto é só visitar o meu site onde contei alguma coisa sobre a epopeia deste antigo povoador da serra gaúcha.