Canela,

16 de abril de 2024

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Divisa, Blang e Salto serão fiscalizadas pela Aneel e pela Agergs

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Barragem do Salto. Foto: Filipe Rocha/Folha de Canela

Força-tarefa vai vistoriar 142 usinas no País até maio. Nesta quinta, o Portal da Folha publica uma matéria especial sobre a segurança das barragens da Região

Até maio, as barragens de seis usinas da CEEE serão vistoriadas dentro da força-tarefa empreendida pela agência reguladora para fiscalizar in loco estruturas de 142 hidrelétricas em 18 estados e no Distrito Federal.

Os técnicos da Aneel irão presencialmente até São Francisco de Paula, vistoriar as barragens Divisa, Blang e Salto, além de Passo Real, Dona Francisca e Itaúba, em outros municípios.

Barragem dos Blang

Já os da Agergs visitarão Bugres, em Canela, além de Ernestina e Capiguí.

A Agência, em parceria com as agências estaduais conveniadas, fará, até dezembro, inspeção presencial em todas as 335 barragens classificadas como “dano potencial alto”.
A fiscalização caracteriza as barragens por dois critérios: dano potencial alto e risco. Por dano potencial alto compreende-se barragens com grandes reservatórios e quando área a ser afetada a jusante (rio abaixo) apresenta interesse ambiental relevante ou é protegida e quando há instalações residenciais, comerciais, agrícolas, industriais de infraestrutura e serviços de lazer e turismo.

Barragem do Divisa

No critério de risco são avaliados documentação do projeto, qualificação técnica da equipe de segurança de barragens, roteiros de inspeção de segurança e monitoramento, regra operacional dos dispositivos de descarga da barragem e relatórios de inspeção de segurança com análise e interpretação. Todas as 21 estruturas da CEEE são classificadas como baixo risco.
Além das vistorias presenciais, em cumprimento às deliberações da Resolução do Conselho Ministerial de Supervisão de Respostas a Desastres, a Aneel está determinando a todas as usinas que fiscaliza, inclusive as que são avaliadas como de menor risco, a atualização do Planos de Segurança de Barragens e do Plano de Ação Emergencial.

Nesse caso, para reforçar o comprometimento com as informações apresentadas, a Agência passou a exigir que os documentos sejam assinados não somente pelo responsável técnico, como também pelo presidente da empresa.

Represa da UHE da Toca

Na região, três barragens possuem Plano de Ação Emergencial

A reportagem da Folha conversou com com o engenheiro civil Marcelo Frantz, chefe da divisão de instalação da área de geração da CEEE, responsável pela operação e manutenção destas represas.

Ele explicou que as barragens com maior volume de água, como Divisa, Blang e Salto, possuem Plano de Ação Emergencial atualizado e que as vistorias realizadas de acordo com a Lei Nacional de Segurança de Barragens, 12.334/2010, são repassadas à Aneel.

Além disso, outras vistorias não obrigatórias são realizadas periodicamente.

Barragem do Passo do Inferno

As barragens da CEEE na região

Barragem

Município

Dano Potencial

Monitoramento

Periodicidade das inspeções Regulares

Plano de Ação de Emergência

Volume do reservatório (m³)

Blang

São Francisco de Paula

alto

Mensal

Anual

Sim

50 milhões de m³

Salto

São Francisco de Paula

alto

Mensal

Anual

Sim

13,8 milhões de m³

Divisa

São Francisco de Paula

alto

Mensal

Anual

Sim

11,4 milhões de m³

Canastra

Canela

baixo

Mensal

Bienal

Não é obrigatório

242 mil m³

Herval

Santa Maria do Herval

baixo

Mensal

Bienal

Não é obrigatório

153 mil m³

Toca

São Francisco de Paula

baixo

Mensal

Bienal

Não é obrigatório

10 mil m³

Passo do Inferno

São Francisco de Paula

baixo

Mensal

Bienal

Não é obrigatório

100 mil m³

 

Fotos: Reprodução

Bugres, seca durante inspeção em julho de 2017
Barragem dos Bugres
Barragem em Santa Maria do Herval