Canela,

21 de abril de 2024

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Luiz Antônio Alves: NOMES ERRADOS

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Os pesquisadores de vez em quando são surpreendidos com registros de nomes de pessoas que não segue uma linha aparentemente lógica na linhagem familiar. Popularmente se acredita que existem equívocos ou erros na grafia de nomes e sobrenomes, principalmente entre os imigrantes alemães, italianos e poloneses.
Certa vez estava procurando a origem do apelido familiar Xarão (ou Charão) que supunha ser uma herança portuguesa. No entanto, descobri que houve uma alteração na tradução e aportuguesamento de um tronco germânico que deixou milhares de descendentes no Sul do País. Trata-se de SCHRAMM conduzido por Johann Adolph Schramm nascido em Braunschweig, Alemanha, casado no Rio de Janeiro com a brasileira Cecília de Souza da Conceição. Seus filhos chegaram ao Rio Grande do Sul, inicialmente em Triunfo, passando por Rio Pardo, Caçapava do Sul e Cachoeira do Sul nos séculos XVIII e XIX.
Esta deformação é chamada de “corruptela” originada pela má compreensão ou por um processo de aceitação a uma nova pátria ou a um novo idioma. Existem várias opções para esclarecer a mudança que também acontece nos dias de hoje. Particularmente os imigrantes alemães têm enfrentado as semelhanças na grafia que podem também confundir na pronúncia e nos dialetos praticados no Brasil. Na família da minha esposa existem variações que colocam dúvidas se os Schmith são parentes dos Schmidt ou Schimitt. Pois como a família é grande, irmãos ou primos utilizam os três apelidos! Esta formatação dependeu de cada registro de nascimento, casamento ou óbito e também em épocas distintas.
Outros exemplos são encontrados como DRESSBACH, TRESBACH OU TRESPACH; JACOBI, JACOB ou JACOBY; MÜLLER, MÖLLER, MULER OU MILER; WARNECK OU WERNECK. Também há diferenças étnicas em casos como Heberle e Eberle, Rech e Reck. Como se vê, o trema em muitos casos foi subtraído no decorrer dos tempos e a dinâmica da linguagem e da escrita, com as devidas adaptações a nível cultural ou legal que enriquecem os dicionários, os índices onomásticos e nosso patrimônio cultural.
Entre nós de origem portuguesa também aparecem as dúvidas. Algumas pessoas podem dizer que os Souzas não são parentes dos Sousas; Alvez é a mesma coisa do que Alves ou Álvares. Tudo é possível, principalmente quando conseguimos construir uma árvore de costados com várias gerações. Em alguns livros procurei estender o assunto e aprofundei discussões sobre Etimologia que no conceito mais conhecido trata da parte da origem e história das palavras.
Na questão relacionada ao Xarão, encontrei descendentes em famílias bem distintas, como: Guimarães, Sartori, Grilo, Neubauer, Simões Pires, Carvalho, Küntcher, Carneiro da Fontoura, Kleinhans, Cachapuz, Costa Martins, Parrot, Pinto entre outros.
Para conhecer mais, visite meu site www.fuj.com.br