Haters I
Nos últimos anos, um neologismo tem chamado bastante a atenção da sociedade de maneira geral, e dos usuários da Internet, em particular. Trata-se do termo “haters”: palavra de origem inglesa que, em livre tradução para a língua portuguesa, significaria algo como “os que odeiam” ou “odiadores”. Nas redes sociais, os haters são conhecidos pelos comentários de ódio feitos em postagens alheias ou nas páginas virtuais de personalidades públicas associadas a pautas progressistas.
Tem uma definição do meu filho Sérgio, responsável pela arte aqui da Folha, bem interessante. Para ele, só possui haters quem faz sucesso, quem tem engajamento.
Mas mesmo assim, eles são chatos ‘pra carvalho’.
Haters II
Na última terça, o Portal da Folha deu com exclusividade a notícia que uma reunião-almoço iria acontecer em Canela com a presença de um senador e de um ministro. Não titubeei, chamei no título “Aeroporto das Hortênsias entra na pauta do Governo Bolsonaro”.
Pronto! A palavra ‘Bolsonaro’ no título foi o suficiente para atrair haters à postagem nas redes sociais. Teve gente defendendo que Canela não deveria ter o aeroporto somente para não haver desmatamento, sendo que a área da Fazendo do Ipê é um reflorestamento de pinus, já impactada, não há mais o que preservar no local.
Mas um odiador não quer saber da informação, ele lê uma palavra, dispara o gatilho e sai atirando contra tudo e todos. E não pensem que isso é uma defesa ao Bolsonaro, que aliás, nem em Canela esteve, apenas pessoas que formam seu governo. Tenho certeza que se a palavra ‘Lula’ ou ‘PT’ estivesse no título causaria efeito parecido.
Caxias X Canela
Cada vez que se fala em aeroporto na Serra, reinicia o embate Canela x Caxias. Lembra daquele filme, HighLander, onde a frase de efeito era “só pode haver um” e por isso os peões saiam cortando as cabeças um dos outros até literalmente sobrar um só? Pois é, no embate dos aeroportos, só pode haver um, regra criada pela política, apesar dos dois projetos serem bem diferentes.
E nessa queda de braço, Caxias do Sul parece ter mais força política, que é o que move as obras neste país da piada pronta. A tal reunião que era pra acontecer ontem, pode ter sido cancelada pela pressão caxiense, apesar de não haver confirmação oficial.
Ditados da minha avó
Minha avó tinha um ditado, dizia que o diabo não havia nascido diabo, ele era diabo por que era velho. Agora que sou, digamos assim, meio diabo, sei bem o que ela queria dizer.
Já tive a oportunidade de trabalhar nas assessorias de imprensa da Prefeitura e da Câmara, além de eventos como Chocofest, Sonho de Natal, Festival de Bonecos e por aí vai.
Em redação, já atuei como diagramador, repórter e editor. Nisso se vão mais de 20 anos de profissão. Agora, atuo não apenas como editor, mas como proprietário de um veículo de comunicação.
Ao longo do tempo, essa experiência me mostrou como são importantes as assessorias de imprensa, tanto para quem elas trabalham quanto para os veículos de comunicação. Essa semana, porém, deu zica. Fiz vários questionamentos às assessorias da região sobre dois temas importantes e não recebi nenhuma resposta.
Há de se fazer justiça ao Departamento de Comunicação da Prefeitura de Canela, que por mais espinhoso que seja o assunto, sempre me responde, nem que seja uma resposta protocolar, mas sempre responde.
Claro que por conhecer por dentro a política e como funcionam algumas instituições, sei direitinho qual foi a assessoria que simplesmente não deu bola para o pedido e qual foi o órgão que não quis se manifestar e deixou seu assessor com cara de tacho.
É preciso ter posição I
Minha vó costumava dizer, também, que um homem tem que ter posição, tem que defender aquilo em que ele acredita. Talvez seja por isso que o editorial da Folha sempre se posiciona em causas que visam o bem maior da região.
Talvez seja essa forma de eu pensar que faz com que a Folha seja o jornal que menos recebe publicidades da Prefeitura de Canela, entre os de Canela e Gramado.
E não é de hoje isso, é desde que a Folha foi criada. Mas, tudo bem, não é possível simplesmente inventar um aplicativo para mudar a opinião alheia e, assim, a gente segue o barco.
É preciso ter posição II
Mas, é imperioso que os prefeitos e comandantes de instituições da Região se posicionem publicamente sobre qual projeto de aeroporto defendem, se o de Canela ou o de Caxias. Não é possível ficar em cima do muro ou jogar para os dois lados em um assunto destes.
Vou pedir novamente a opinião de cada um, até me responderem.
Flores
E, para não dizer que não falei de flores, está bem legal a movimentação turística na região. Acredito que teremos mais uma grande temporada de Páscoa.
Aí que eu me refiro
O nosso delegado de Canela, Vladimir Medeiros, também é responsável pela delegacia de Rolante, cidade que nos últimos dias se envolveu com o desaparecimento de um taxista. A trama criminosa, que ao final mais pareceu roteiro de filme, culminou com a confirmação da triste morte do taxista, mas com uma resposta rápida e eficiente da Polícia Civil em um caso de difícil resolução.
O caso e o trabalho da polícia ganharam projeção nacional. Policiais da região também se envolveram nas investigações, uma vez que Rolante fica na mesma regional que Canela e Gramado.
A criminalidade cresce, em um ritmo assustador, mas é muito bom saber que temos profissionais valorosos a frente da Polícia Civil da cidade e da Região.
Aí que eu me refiro!
