Ler o noticiário político nacional está cada vez mais chato. É um mimimi, uma choradeira, que dá vontade de dar um lenço pra turma. No fim, é um monte de corneteiro que nem sabe bem o que está falando e fica “fedendo” nas redes sociais.
Tenho visto muitos comentários a respeito do decreto que facilita acesso ao porte de arma. Eu, por conta do ofício, fui estudar o tema e discordo de 90% do que se tem dito por aí.
Vamos aos fatos: primeiro que o decreto abre a possibilidade de o cidadão ter uma arma, não obriga ninguém a ter uma, logo, vai tentar comprar quem tem interesse.
Mas não basta ter interesse, tem que atender os requisitos, como atestado de antecedentes, teste psicológico e teste prático, aqui já separamos boa parte do joio do trigo.
Por fim, o custo. Se o cidadão vai buscar arma ou munição legal para cometer crimes, deve ser muito burro. Arma e munição, assim como qualquer outro produto, é muito mais barato e fácil de conseguir no mercado negro.
O investimento é alto, algo em torno de R$ 8 mil, para ter uma arma registrada, para ter o porte, ou seja, usar fora de sua residência ou de seu local de trabalho (para aonde a arma está registrada), vai mais dinheiro, para taxas e um teste ainda mais difícil que o primeiro.
Portanto leitor, se você está preocupado que vai encontrar alguém armado em casa esquina, tire isso da cabeça. Alguns transformam essa discussão em algo ideológico ou político, mas a coisa é prática: na prática, continua muito caro e muito difícil comprar uma arma registrada, não é para qualquer um.
Por outro lado, defendo incondicionalmente o direito do cidadão que quer ter uma arma. É um direito dele, independente se o outro gosta ou não. Simples assim.
As coisas na vida, na política e no país em geral, seriam mais fáceis se as pessoas se inteirassem a cerca dos assuntos, antes de sair falando por aí.
