O Gramadozoo mantém firme seus propósitos de contribuir com os órgãos de proteção animal. O zoo de Gramado recebeu nove cisnes-do-pescoço-negro e oito filhotes de Jaboti vítimas do tráfico. Os animais foram trazidos de Pelotas pelo Ibama. Com saúde debilitada, os animais estão aos cuidados da equipe técnica no parque.
Conforme o veterinário Renan Alves Stadler, responsável técnico do Gramadozoo, os cisnes apresentam quadro de desidratação. “Os animais foram medicados e permanecem em observação. Além de antibióticos, estamos dando soros e suplementos alimentares. Alguns estão bem frágeis”, lamenta Stadler.
O veterinário destaca que a equipe do Gramadozoo dá suporte aos órgãos públicos de proteção da fauna brasileira e que prioriza a recuperação das espécies que chegam ao parque para posterior reintrodução na natureza. “Infelizmente, a reabilitação nem sempre é possível. Os animais que ficam no zoo são aqueles que não possuem mais condições de voltar para vida livre. Procuramos dar aqui todas as condições para o bem-estar animal”, observa.
Stadler observa que o tráfico de animais é o terceiro mais praticado no Brasil. Fica atrás apenas do tráfico de armas e de drogas. “Existem estudos que indicam que de cada 10 filhotes de animais silvestres retirados da natureza um chega na fase adulta. Outras pesquisas são ainda mais pessimistas. De cada 30 filhotes retirados irregularmente da natureza, apenas um alcança a fase adulta”, exemplifica.
REABERTURA
Em função da pandemia do coronavírus, o Gramadozoo foi reaberto com medidas de segurança apropriadas, incluindo procedimentos de limpeza aprimorados, uso de máscaras faciais por todos e de máscaras de cobertura pela equipe, atividades de contato limitado e treinamento adicional de segurança. O parque está aberto ao público de quinta a domingo, das 10h às 16h.