Como eu digo na coluna desta semana, quero apenas exercer meus direitos de cidadão, sem ter que ver um político me dizer o que eu posso ou não fazer.
Com quem eu tenho falado, fica a impressão que teremos um período difícil nas próximas duas semanas, com bandeira vermelha na Serra e possível bandeira preta na região metropolitana.
Era sabido que as duas primeiras semanas de julho seriam as piores. É neste período que os hospitais gaúchos lotam leitos clínicos e de UTI, em razão de síndromes gripais e doenças respiratórias. Desde que esses números começaram a ser contados e registrados é assim, há muitos anos.
Fica então, uma certeza imprecisa, de que paramos cedo demais e que realmente empurramos o período com maior incidência do contágio pelo coronavírus para as semanas mais fortes de nosso inverno.
E, procurando políticas públicas efetivas, de aparelhamento da rede de saúde e alternativas para enfrentamento da pandemia, pouca coisa se viu além do #fiqueemcasa.
Tenho medo, muito medo de como o Governador Eduardo Leite vai agir nas próximas semanas.
A decisão, no fim, é sempre política
Você pode até não gostar de futebol ou ser colorado, mas se ler este tópico até o final, vai concordar comigo.
O Grêmio se prepara para ir treinar em Santa Catarina, vai levar sua equipe para lá e gerar renda lá. Isso porque o Governo pensa que os treinamentos coletivos não podem acontecer. Eu, discordo.
Não existe área em que os profissionais contam com tanto aparato quanto o futebol profissional. São protocolos, testes, medição de temperatura. Os jogadores de futebol são ativos dos clubes, custam dinheiro e são cuidados como joias. Nenhum clube quer jogador doente.
Mas, a decisão política impede os clubes de realizarem os treinos coletivos em terras gaúchas.
O Grêmio, então, vai para Santa Catarina, fazer lá o que não pode fazer aqui.
Vale lembrar o que Centro de Distribuição do Mercado Livre também deixou o Rio Grande do Sul, com destino à Santa Catarina, pois não encontrou aqui o mesmo apoio para as suas atividades.
E daqui há 15 dias?
O governo vem pedindo um sacrifício da população há muito tempo, são mais de 150 dias, sob o argumento de que os primeiros 15 dias de julho serão o forte da tempestade e depois as coisas vão melhorar.
Eu acredito que paramos cedo, mas é minha opinião e não confundo aquilo em que acredito com verdade absoluta e tenho absoluto respeito por quem pensa diferente.
Mas, passado este período, o governador Eduardo Leite, baseado em seus próprios números, terá que mostrar que estava certo e que suas medidas levaram à redução dos números da pandemia. Pois, se após este início de julho, ele manter o discurso da quarentena e prorrogar a projeção do pico da doença, a população, que já empobreceu, adoeceu psicologicamente, perdeu emprego e renda, não vai mais aderir ao #fiqueemcasa.
Os próximos dias são decisivos para o Governado, para o Rio Grande do Sul, para todos nós.
Oremos!
Eleições 2020 e o fim da pandemia
Na semana passada escrevi, neste espaço, que a pandemia tem data para acabar no Brasil. Enfim, a Câmara Federal aprovou, na quarta (01), em definitivo, a mudança das eleições municipais de 2020, em razão da pandemia do novo coronavírus. As novas datas são: 1º turno em 15 de novembro e 2º turno em 29 de novembro.
Assim, em 26 de setembro é prazo para partidos e coligações solicitarem à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos. Após 26 de setembro é início da propaganda eleitoral, inclusive na internet e a campanha eleitoral em si.
27 de setembro, portanto, é data em que acaba o isolamento social no Brasil.