Canela,

4 de agosto de 2024

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Chico

360 GRAUS

Francisco Rocha

Eu me nego a ter meus direitos violados e dizer obrigado!

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Desde a última sexta (3), quando deixei a redação da Folha para continuar com minhas atividades externamente, fui bombardeado com uma série de informações sobre coronavírus. A cada novo absurdo que surgia, dava vontade de escrever uma coluna específica, até que no domingo minha vontade era de pegar um foguete para marte e deixar definitivamente nosso lindo planeta azul.

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Vamos começar com uma postagem, em uma rede social local, na qual o editor reclama que falta liderança política frente ao coronavírus, em todas as instâncias.

É de ter santa paciência. Os caras querem ainda mais Estado? Já não chega esse monte de político/vampiro?

Ou acham que as restrições são poucas?

Ah, pera, não se pode entrar na linha de um discurso que não atenda ao politicamente correto, caso contrário, você será enquadrado como mau profissional, que não tem respeito pela vida e blá, blá, blá…

A verdade é que a vida vai voltar ao normal, ainda que demore mais algumas semanas. Diversos países mundo afora já estão retomando as suas atividades. Em São Paulo, vai voltar o futebol, aqui no RS também. No Rio de Janeiro já se cogita partidas com público.

Logo, logo, essa farra de desmandos sem a mínima noção do que se está fazendo vai ter que chegar ao fim.

Uma tristeza, nossa sociedade aceitar este cabresto e continuar acreditando que precisa da mão do Estado para decidir o que pode e o que não pode fazer.

No futuro, teremos imensa dificuldade em explicar o porquê milhões de pessoas saudáveis foram colocadas em quarentena, tiveram seus direitos violados, seus sustentos tomados e ainda agradeceram.

Eu, pessoalmente, me recuso a ser considerado um acéfalo por não entender que a comunidade deve ser passiva e os políticos ativos.

Por fim, não desejo entrar nas razões ideológicas que cercam este debate, pois na minha opinião, todo exagero é burro e todo excesso prejudicial, mas, na grande maioria, 99% das vezes, por que em toda regra existe exceção, menos Estado vai ser sempre melhor.

E eu tenho, sim, condições de decidir o que é melhor para mim e para minha família. Ou na opinião de estadistas sou apenas um burro de carga que deve trabalhar para pagar impostos e custear salários pomposos, baixando as orelhas e dizendo amém para governantes despreparados e incompetentes?

Mas, não mesmo!

Nem amém a políticos, nem amém a posições ideológicas, nem amém ao politicamente correto.

Definitivamente, me nego a ter meus direitos violados e dizer obrigado!

Me nego a ser chamado de acéfalo e ficar pianinho.

Aqui não, Farroupilha!