Canela,

20 de maio de 2024

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Chico

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Francisco Rocha

Impostos, a boa e a má notícia.

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Isolamento social, estatal não

O momento é difícil, cidadãos em geral, empresários, funcionários, autônomos, enfim, todas as classes estão sofrendo os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Todos estão experimentando novos desafios, sejam eles pessoais ou profissionais.

Mas, e sempre há um mas em tudo, há uma classe que segue sem entender o que se espera dela. Essa é a classe política, em especial os que atuam nos cenários estadual e federal.

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Em meio à pandemia, pacotes de leis nefastos são votados, medidas são levadas à frente, sem a necessária discussão ou transparência.

Na semana passada, dei aqui o exemplo da venda da CEEE, a qual passa por uma consulta pública da Aneel, que poucos tem conhecimento.

Impostos: primeiro a notícia boa

Sabe aquela piada em que o cidadão chega e diz: tenho duas notícias pra ti, uma boa e uma ruim. Qual tu quer primeiro?

Pois é caro leitor, vou começar com a boa. A partir de janeiro de 2021, você vai passar a pagar menos impostos na gasolina, no telefone e na energia elétrica.

Isso porque as tarifas majoradas do ICMS, pedida pelo Gringo Sartori, aprovada pelos deputados e, depois, estendida, também pelos deputados estaduais e pedida por Eduardo Leite, acabam em dezembro deste ano.

Impostos: agora a notícia ruim

A redução do ICMS projeta que cerca de R$ 2,8 bilhões deixarão de entrar nos cofres públicos em 2020. E, é claramente uma obviedade, o governo pulou.

E qual a solução colocada por Eduardo Leite na mão dos deputados? O de sempre, aumentar impostos.  Desta vez, o governo mira o patrimônio e propõe aumentar o IPVA e criar um imposto sobre heranças. Como se o brasileiro, o gaúcho em especial, já não pagasse uma das maiores cargas tributárias do mundo.

O fato que a contrapartida, os serviços que o Estado deveria nos devolver, é de péssima qualidade, isso quando ele existe.

Eduardo Leite tem a cara de pau (e nisso ele é bom) de chamar este pacote de Reforma Tributária RS. Com este nome bonito, você até pode ser iludido, achando que vem algo de bom por aí, mas fique atento: vai mexer, e muito no seu bolso.

Impostos: cenário ideal é redução nos cargos políticos

Claro que a conta não fecha. Há uma regra simples e antiga que diz: você não pode gastar mais que recebe. E vamos combinar que ninguém aguenta mais pagar tantos impostos, nem eu, nem você, nem ninguém.

Então qual seria a reforma ideal? Aquela que o governo não quer fazer, cortar na carne, cortar os altos salários, cortar número de assessores, despesas do judiciário, despesas do legislativo.

A solução para o governo é a mesma encontrada pela iniciativa privada e aquela mesma que você faz na sua casa quando a grana tá curta: cortar gastos, ajustar o fluxo de caixa e manter seus gastos dentro do que você recebe.

Porque o governador/youtuber, aliado da ciência, não contrata a universidade de Satolep para fazer um estudo e adequar os quadros funcionais do Governo ao que ele realmente arrecada?

Vender a CEEE e aumentar impostos é fácil. Quero ver cortar na carne!

Impostos: e o que eu devo fazer então?

Simples, fale com seu vereador, com o político local que você conhece, esse cara vai ter um deputado aliado ou um alto cargo dentro do Palácio Piratini.

Use as mesmas redes sociais que eles costumam aparecer para se promover e faça pressão para que esta reforma escrota proposta por Eduardo Leite não seja aprovada.

Comece cobrando por aqui. Os políticos locais são a “base” de quem está em Porto Alegre.