Quando eu era guri, já faz algum tempo, esperava ansioso o jornal chegar para ler as “tirinhas” do Santiago. Suas charges continham uma forma irônica de tratar os problemas sociais e políticos do estado do Rio Grande do Sul e do país. Utilizava imagens do típico gaúcho para compor grande parte da sua obra.
“Nasceu em Santiago (RS) em 1950, tem como nome de batismo, Neltair Rebés Abreu”. Em 1970 mudou-se para Porto Alegre, trabalhando como desenhista técnico na indústria. Ingressou na Faculdade de Arquitetura, onde ganhou o apelido de “Santiago”, que terminou adotando como pseudônimo nos jornais estudantis, para fugir da censura política vigente naqueles anos.
Publicou pela primeira vez no suplemento humorístico O Quadrão, do jornal Folha da Manhã. Começou a trabalhar profissionalmente na Folha da Tarde, onde fez por nove anos a charge editorial do jornal, até o seu fechamento. Colaborou ainda para o Correio do Povo, Coojornal, Pasquim e para O Estado de S. Paulo. É autor de seis livros.
É ganhador de vários prêmios nacionais e internacionais. Recebeu cinco prêmios no Concurso Anual de Cartuns do jornal japonês Yomiuri Shimbun, um deles, em 1989, o cobiçado Grand Prix, o prêmio máximo de onze mil dólares.
Ganhou dez vezes o prêmio ARI da Associação Rio-grandense de Imprensa para a melhor charge editorial. No Salão Internacional de Humor de Piracicaba foi premiado cinco vezes, até ser escolhido “presidente de honra”, em 1991.
Em 1988 a agência de notícias Sofia Press, da Bulgária, lhe concedeu o primeiro lugar no concurso pacifista Guerra a Guerra. Recebeu ainda alguns troféus em salões do Canadá, Alemanha e Turquia.”.
Me despeço do jeito “Santiago” de ser: Não te assusta Xirú, a canha, o mate e a costela gorda, dão conta do corona, só não sai por aí sem atar a mascará nas fuças.
Um forte quebra-costela!!!