Canela,

12 de dezembro de 2024

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Golpes do “boleto falso” e “taxas dos bombeiros” fazem vítimas na Região

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Confira dicas de como se proteger destes golpes, que crescem em época de pandemia

Se os golpistas sempre fizeram vítimas em qualquer época, durante a pandemia do novo coronavírus não é diferente. Recentemente, dois tipos de golpes tem sido aplicados na Região.

Um deles, nem tão novo, é o boleto falso da financeira. A pessoa recebe uma boa proposta para reparcelamento ou quitamento de uma divida com uma financeira. O boleto é falso e o dinheiro vai par uma conta do golpista. Por lógico, o pagador sai no prejuízo.

A delegacia de Polícia Civil de Canela tem recebido alguns registros neste sentido.

Nesta semana, o Corpo de Bombeiros emitiu, também, um alerta sobre e-mails falsos. Alguns golpistas estavam enviando e-mails com pedido de renovação de alvarás e PPCIs, se fazendo passar pelo Corpo de Bombeiros Militar.

“Não seja enganado por e-mails falsos em nome do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio do Sul – CBMRS. Esteja atento ao receber qualquer comunicado eletrônico falando sobre notificações ou verificação de pendências financeiras”, diz o alerta.
É importante cerificar as informações e em caso de dúvidas, ou maiores informações, ligar no (54) 3282-0697.

Já o delegado de Canela, Vladimir Medeiros, diz que as pessoas, de boa fé, acabam não prestando atenção no que estão pagando e acabam no prejuízo. “É necessário prestar muita atenção, pois estes golpes pela internet vem crescendo muito, em especial na época da pandemia”, disse Medeiros.

Como me proteger?

O primeiro passo para não cair em fraudes é se manter atualizado sobre os tipos de golpe mais utilizados, afinal, a tecnologia tornou mais fácil o processo de geração de boletos, ampliando a frequência desse crime. No entanto, ela também facilita o acesso à informação, permitindo que você se mantenha alerta em relação a esses perigos.

Confira quais são os tipos mais comuns de golpe com boleto falso:

– cobrança de IPVA;
– cobrança de IPTU;
– faturas de cartão de crédito;
– cobrança por hospedagem de sites;
– cobrança por registro de domínio de site;
– boleto de colaboração com instituição de caridade ou religiosa;
– parcela de financiamento;
– despesas diversas de uma empresa;
– boletos legítimos com o código alterado.


São muitas as variações do golpe. Elas vão desde a cobrança indevida de impostos, como IPTU e IPVA, até o registro de sites e domínios na Internet. Dois desses itens merecem atenção especial: a cobrança de empresas e os boletos alterados.

Se você tem um pequeno negócio ou trabalha no setor financeiro de uma empresa, é preciso ter cuidado redobrado. Afinal, o hábito de quitar despesas diversas pode levar ao pagamento de um boleto falso por engano. Já os boletos alterados, que são ainda mais perigosos, podem fazer você enviar para outra pessoa o dinheiro que deveria ser destinado ao emissor da cobrança original (verdadeira).

Veja a seguir algumas dicas essenciais para não ser vítima dos golpes.

Confira os seus dados pessoais

Com a popularização da Internet, muitos criminosos aderiram à tecnologia para aplicar golpes. Nesse sentido, o uso de informações pessoais tem sido uma das armas mais comuns desses fraudadores. Essas pessoas roubam as informações de alguém para usá-las nos boletos falsos, de forma a legitimar a tentativa de golpe: você olha para o boleto, vê o seu nome e acredita que o documento é real.

Ainda assim, uma prática comum é o disparo de um grande volume de boletos iguais para muitas pessoas. O objetivo é aumentar as chances de alguém cair no golpe. Nesses casos, o boleto pode não incluir os seus dados pessoais, o que é um primeiro sinal de alerta.

Mesmo que as suas informações estejam lá, cheque se está tudo certo: nome, CPF, endereço etc. Se o boleto incluir apenas o seu primeiro nome e o último sobrenome, sem as iniciais que compõem o nome completo, também há chances de ser um golpe.

Quando o criminoso rouba dados online, muitas vezes ele tem acesso apenas ao primeiro e ao último nome da pessoa, limitando a informações da cobrança. Ainda assim, o ponto crucial da análise é o código do boleto.

Aprenda a conferir o código do boleto bancário

Por trás daquele amontoado de números há uma lógica muito específica. Os três primeiros dígitos, por exemplo, indicam qual é a instituição financeira ou o banco responsável pela cobrança, no mesmo padrão utilizado para transferências bancárias. O código 001 é do Banco do Brasil, o 341 do Itaú Unibanco e por aí em diante.

Então, se estiver em dúvida quanto ao boleto, confira qual é o banco indicado por escrito e, em seguida, verifique no código de barras — a informação deve ser a mesma. Em seguida, confira também o restante do código para checar a veracidade da cobrança.

Verifique as outras informações

Mesmo que o código de barras pareça legítimo, é fundamental checar as informações mais básicas antes de realizar o pagamento. Para começar, verifique os dados da fonte emissora: quem enviou o boleto, a quem está destinado o pagamento e de onde ele vem.

Vale destacar que geralmente os boletos indicam a razão social da instituição, e não o seu nome fantasia. Já os boletos falsos podem vir em nome da própria empresa. A razão social do famoso site de compras Submarino, por exemplo, é B2W Digital. Boa parte das empresas brasileiras apresenta essa diferença, inclusive bancos — a razão social do Nubank, por exemplo, é Nu Pagamentos.

Se as dúvidas persistirem após essa checagem, vale a pena entrar em contato com a instituição emissora por meio de canais de atendimento confiáveis. Uma boa estratégia para evitar confusões é sempre conferir o método de pagamento ao realizar um acordo financeiro (compra, financiamento, contrato etc.).

Com a Internet à disposição e diversos canais de atendimento, não há por que a empresa enviar por correios ou por e-mail um boleto sem que você esteja esperando por ele. Se isso acontecer, entre em contato para conferir a validade do documento.

Além disso, procure os canais de atendimento em fontes confiáveis, como no site da empresa ou no contato que ela passou diretamente para você. Afinal, se o boleto for fraudulento, é possível que um suposto número de telefone gravado nele também seja falso.

Tendo essas informações em mente, você pode se tranquilizar. Uma boa gestão financeira exige esse tipo de organização, mas também tem os seus benefícios. Agora que você já sabe como identificar boletos falsos, coloque as dicas em prática e denuncie qualquer documento duvidoso que você receber!