Antes de você se encontrar com o exército de Drauzio Varella, na data em que se comemora a proclamação da grande república brasileira, e levar seu dedo à urna devidamente sanitizada conforme os protocolos de Luis Roberto Barroso, leve o dedo, antes, à têmpora e incentive seus neurônios.
Fique atento ao candidato feirante, aquele que lhe vende abobrinhas para te enrolar. O pior tipo, é aquele com a síndrome de Robin Hood, que acredita em tirar do grande para dar ao pequeno.
Na concepção destes caras, vale o discurso para te agradar, mesmo ele sabendo que o que propõe, na prática, nunca vai acontecer. E fique esperto, se ele acredita mesmo no que está dizendo, é pior ainda.
Essa semana vi um vereador, candidato à releição, criticando a isenção de impostos a uma grande empresa de Canela. É um Robin Hood “du Canella”. Para defender menos impostos aos pequenos comerciantes, atacou um grande negócio. Legítima falta de argumento.
Papo politiqueiro por demais.
Quer mesmo dar incentivos e fazer sobrar dinheiro público? Comece cortando na carne, dê o exemplo, como propor a diminuição do número de vereadores, já que a lei diz que Canela pode ter só 9, ao invés de 11.
Ou, então, propor uma diminuição relevante na remuneração dos vereadores?
Que tal as duas coisas? Essa bandeira/proposta, seria muito relevante e possível para um vereador que busca a releição.
Ah! Aí não, mexer no público não dá.
O negócio é repassar a conta para iniciativa privada, que é quem realmente faz a coisa acontecer e coloca o dinheiro nos cofres para os caras fazerem gracinha com o boné alheio.
Fica bonito no discurso com o povão.
E, para finalizar, tem a velha máxima, diga com quem andas que te direi quem és, pode te pegar no contrapé!