Canela,

3 de maio de 2024

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Chico

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Francisco Rocha

Leite segue com mais do mesmo

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Capa da página oficial do Governo do Estado desta quinta (25), uma notícia de que Leite busca linhas de financiamento para médias e pequenas empresas durante a pandemia, é mais uma das falácias do Governador Eduardo Leite.

Todo pequeno empresário sabe o quanto é difícil obter uma linha de crédito, mesmo com todos os compromissos em dia. Agora, depois de um ano com restrições às atividades, sobram muito poucos que não tenham pelo menos uma restrição financeira.

É impossível acessar essas linhas de crédito estatais. Este dinheiro para começar a ser pago daqui a dois anos, com juro baixo, vai para o bolso do médio (médio para grande), que ainda tem como se manter e não atrasou seus compromissos.

O pequeno no Brasil não tem arrego, paga a conta do Estado, movimenta a economia, dá emprego e paga imposto, mas, na hora de receber auxílio, nuca é lembrado.

Quando o dinheiro circula, a economia prospera I

Você já deve conhecer parte da história abaixo, fiz uma pequena adaptação, para chegar mais perto da nossa realidade, vou tentar explicar assim, se não funcionar, peço para nosso chargista, Martins, desenhar na próxima vez.

Março de 2021, pior momento da pandemia do novo coronavírus no RS, numa cidadezinha da serra que parece deserta…

Os habitantes, endividados e vivendo às custas de crédito, trabalham, reajustam seus investimentos, e tentam renegociar suas dívidas com os bancos e com o Governo, que segue com os pedágios funcionando e não dá refresco no imposto, nem paralisa cobrança de água e luz, na tentativa de compensar seus gastos com a pesada máquina do Estado, inúteis para combater o vírus, mas eficaz em garantir muitas tetas.

Por sorte, chega um viajante rico e entra num pequeno hotel. Ele saca uma nota de R$ 200,00, põe no balcão e pede para ver um quarto. Volta e diz que fica feliz com a honestidade do gerente, que é “uma virtude cada vez mais rara no Brasil” e aceita pagar pela estadia.

O gerente, feliz da vida, sai correndo com a nota de R$ 200,00 e vai até o açougue pagar suas dívidas com o açougueiro. Este pega a nota e vai até um criador de suínos a quem deve e paga tudo. O criador, por sua vez, pega também a nota e corre ao veterinário para liquidar sua dívida.

O veterinário, com a nota em mãos, vai até o privê, quitar o que devia a uma prostituta (em tempos de crise, essa classe também trabalha a crédito). Infelizmente, a prostituta trabalha ilegalmente. Não tem carteira assinada e não pode obter empréstimos no banco da cidade para melhorar de vida. O governo diz preocupar-se com ela, mas não lhe dá crédito, só palestras sobre as drogas, o álcool, entre outras coisas, afinal, as eleições se aproximam…

Então, a prostituta pega o dinheiro, paga o suborno ao encarregado municipal – aquele que promete manter a lei e a ordem, mas sabe como é? Ele corre em direção ao hotel, ao qual, às vezes, levava algumas prostitutas. Como nem sempre sua ameaça, de fechar o estabelecimento, funcionava com o dono do hotel, ele resolve pagar parte de sua dívida com os R$ 200,00.

O dono do hotel, por sua vez, fica bastante feliz. Embora a vida não seja fácil, ele recuperou uma parte da dívida que tinha com o corrupto oficial sem recorrer à violência ou uma denúncia à imprensa.

Além disso, por ser honesto, foi recompensado com mais um cliente. Com os R$ 200,00 em mãos, vai à Prefeitura pagar os impostos atrasados. Um dia, se os negócios melhorarem, poderá até empregar a prostituta como uma passadeira, dentro da lei, e ainda fazer uma doação em dinheiro para ajudar o hospital da cidade.

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Quando o dinheiro circula, a economia prospera II

Nossa região é essencialmente turística e se o visitante rico não vier para a região com a nota de R$ 200,00 da história acima, os outros setores da economia da cidade vão continuar sem dinheiro.

Quando existe honestidade e equilíbrio, a sociedade prospera.

Para finalizar, deixo uma frase de Benjamin Franklin:

“Aqueles que abrem mão da liberdade essencial por um pouco de segurança temporária não merecem nem liberdade nem segurança”.