Canela,

3 de maio de 2024

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Chico

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Francisco Rocha

Volta às aulas: “oba, hoje vou ver meus colegas”!

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A frase, entre aspas no título, é de minha filha de cinco anos de idade, que frequenta a educação infantil. A gente se preparou para voltar, a partir de informações recebidas no próprio grupo da escola, criando a expectativa na nossa pequena. Desde a noite de sexta, o vai e vem de informações sobre a volta às aulas presenciais atormentou pais e responsáveis que têm crianças cursando a educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental.

A Folha tem trazido, há algumas semanas, diversos posicionamentos de profissionais da saúde que entendem que as aulas presenciais devem retornar. Além disso, já não estamos mais no pior momento da pandemia, que sustentava a liminar que proibia aulas presenciais.

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Não há o mínimo cabimento para se acreditar que a presidente do Cpergs – Sindicato saiba mais sobre saúde, ou risco de infecção, do que o presidente da Sociedade Gaúcha de Pediatria.

A Justiça, por sua vez, pode, inclusive, pedir a opinião destes profissionais. Mas, pra que, né? Se vai contra o que ela quer ouvir.

Melhor atender uma associação que atende por amigos e pais da democracia, que nada mais é uma junção de sindicatos disfarçados em representação popular.

Nas redes sociais, funcionários do judiciário defendem o judiciário. Funcionários públicos da educação defendem os sindicatos.

A politização da pandemia já passou dos limites. Cada um puxa a brasa para o seu assado. Cada um pensa apenas no seu umbigo, no meio desta queda de braços imbecil, quem sofre é a população!

Antes que venha aqui alguém me cornetear, eu respeito o professor. Sou capaz de nominar cada um que me deu aula, do pré até a faculdade. Acredito que eles devem ser vacinados, assim como o cobrador de ônibus, assim como o caixa do mercado, a atendente e a caixa da farmácia ou o frentista do posto de gasolina.

O que eu esperava da Justiça? Bem, esperava que não se metesse na política, que não avaliasse causas a partir de uma manifestação na rua da juíza que proferiu liminar, mas, em terras tupiniquins, o corporativismo e os interesses imperam.

Enquanto isso a população sofre com a guerra de egos dos “deuses” pagos com o nosso suado imposto para decidir a nossa vida, contra os quais você não pode ir contra ou reclamar, sob o pretexto de desrespeitar o Estado Democrático de Direito.

Você pode reclamar ou discordar de todas as opiniões deste colunista, mas não pode negar que eu avisei, lá atrás, que essa sequência de afrontas às nossas liberdades individuais acabaria mal.

Por fim, aqui vai mais um aviso: vai piorar e muito!