Na reunião com o secretário Busatto, o ex-prefeito e atual vereador de Canela, José Vellinho Pinto (PDT), foi voz solitária em tentar impedir a desestatização do Parque Estadual do Caracol.
Vellinho perguntou o “porque” de retirar a gestão do Parque de Canela e passar à iniciativa privada.
A resposta do secretário Extraordinário de Parcerias do Estado, Leonardo Busatto, foi reta igual goela de joão-grande: há um consenso do Governo que o Estado deve se preocupar com áreas essenciais, como saúde, educação e segurança. O turismo é uma atividade da iniciativa privada.
Ou seja, gostando ou não, o Parque do Caracol vai ser concedido, resta a Canela fazer deste limão uma limonada e tentar buscar o máximo de vantagem dentro do modelo de negócio.
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Diferença de receita não justifica gestão pública
A Folha correu atrás do que havia de informação disponível sobre as finanças do Parque, os números são aproximados e podem variar, principalmente nesta época louca de pandemia, mas, ao que tudo indica, a diferença de receita direta entre o que a Prefeitura recebe hoje e vai receber com a concessão ficará na casa de R$ 1 milhão.
Levando em conta a geração de emprego, renda e a modernização do Parque, será muito, muito melhor para a cidade que o Caracol seja gerido pela iniciativa privada.
Você já sabe, quanto menos Estado melhor, assim a Prefeitura vai poder se preocupar em áreas primordiais e terá recursos entrando livres no cofre, sem pedir a benção do Governo do Estado.
Se o Caracol fosse tratado como devia, isso não ia acontecer
Por fim, a culpa de o Caracol ir para a iniciativa privada é de quem geriu o Parque até aqui, e fica o alerta: TODAS AS ADMINISTRAÇÕES.
A galinha dos ovos de ouro sempre foi mal tratada, resta ver que nunca o Parque recebeu melhorias de acordo com a sua receita, sem contar que era o cantinho do castigo para quem era persona não grata do partido no poder.
Não vou nem falar das diversas denúncias de irregularidades na gestão.
Fosse o Caracol um Parque moderno, bem administrado e cheio de atrativos, o processo ia ser bem diferente.
“Ah, mas o Governo do Estado não deixa”, dirão alguns.
Mais um motivo para que a gestão disto saia da mão de políticos.
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PP de Canela quer mudanças e oxigenação
Você vai ler nesta edição o edital de convocação para a convenção municipal do PP de Canela.
Chama atenção uma mensagem que vem circulando nas redes sociais, atribuída ao ex-prefeito Cléo Port.
Ele pede a mobilização dos filiados e simpatizantes para que o partido volte a ocupar um lugar de destaque na política canelense e conclama seus correligionários a uma “urgente renovação”.
A convocação de Cléo e suas ideias são compactuadas por outros militantes progressistas que buscam novos nomes para conduzir o partido.
A mensagem de “renovação do Diretório e da Executiva, uma vez que há mais de quatro estamos estagnados, perdendo vereadores e com redução de nossos quadros”, deixada pelo ex-prefeito é clara.
Há alguns dias, esta coluna já havia falada da aproximação de vereadores eleitos do PP de Canela. Na época, sabia de apenas um, hoje, já são três que analisam uma mudança de sigla.
Resta esperar e ver o que vem por aí!
Fazendo a diferença
Chama atenção o bom trabalho desenvolvido pelos novos vereadores de Canela.
Carla Reis, Alfredo Schaeffer, Felipe Caputto e Emília Fulcher (apesar de não ser nova na Casa), estão trazendo novas pautas e saindo do “mais do mesmo” da política convencional.
Arrisco dizer que hoje a Administração Municipal já não tem a maioria que pensa ter nos votos em plenário, o que é bom para Canela, pois toda a unanimidade é burra, já dizia o velho ditado.
Canela tem mais de 76 anos
Politicamente, Canela tem 76 anos, mas sua história remonta 1800.
Essa mania que alguns tem de achar que Canela começou neste ou naquele ano, porque determinado político ou partido chegou ao poder é uma falta de respeito por quem trabalhou ou segue trabalhando por esta cidade.
Canela não começou há 10, 20, 30 ou 40 anos. Nem vai renascer daqui há 5, 10 ou 15 anos.
Canela vai continuar existindo e nós seguiremos aqui, canelenses.
O que talvez possa acabar daqui há alguns anos são alguns mandatos ou empregos públicos…
