Canela,

6 de maio de 2024

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Chico

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Francisco Rocha

Uma Câmara de Vereadores pouco transparente para a comunidade canelense

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A fala do vereador Alfredo Schaeffer vem de encontro ao defendido há tempos por esta coluna de opinião

A fala do vereador Alfredo Schaeffer (PSDB), na sessão da última segunda é assunto que já foi abordado por esta coluna. Ele disse que o conteúdo abordado nas sessões é de difícil entendimento da comunidade. E é mesmo!

Um monte de siglas, termos e números que, por vezes confundem até os vereadores, com certeza não diz nada para quem assiste a sessão.

Por exemplo, Projeto de Lei Ordinária nº 60 de 2021, de autoria do Poder Executivo, que autoriza realizar abertura de crédito adicional suplementar por expectativa de arrecadação, no valor de R$ 159.617,00 (cento e cinquenta e nove mil e seiscentos e dezessete reais) no orçamento corrente.

E daí, onde vai este dinheiro? Porque há expectativa de arrecadação? De onde vem este dinheiro?

Fica muito complicado para o cidadão comum acompanhar este monte de siglas, números e termos. Não há, também, quem explique. O espaço para discussão das matérias em votação é resumido, menor que o para temas livres.

Existem as reuniões das comissões, que analisam estes projetos nas partes jurídicas e orçamentárias. Elas são abertas à comunidade, mas não são divulgadas e os trabalhos resultam em mais burocracias, com pareceres e atas.

Com tanta tecnologia à disposição e com orçamento sobrando na Câmara, prova disso é o tanto de recurso devolvido anualmente para a Prefeitura, o trabalho técnico dos vereadores, que é para o que eles são pagos, deveria ser melhor explicado para a população.

Maneiras de fazer existem, só não sei se existe o interesse em ser mais transparente.

Eleições 2022: o Caracol e a pressa de Eduardo Leite

Diz o Governo do Estado que o Parque do Caracol é de sua propriedade e vai ser concedido de qualquer maneira.

Diz a Prefeitura de Canela que não é contra a concessão à iniciativa privada, mas que o Estado deve oferecer mais ao Município.

Fico me perguntando: com menos de um ano até as eleições 2022, terá tempo, o Governo Leite, de fazer essa concessão, caso o caldo entorne?

O governador que suceder Leite, terá interesse na concessão, neste modelo?

O modelo proposto pelo Estado é realmente o melhor para o Parque do Caracol e para o Estado?

Afinal, qual a pressa em mudar, já que o contrato com Canela encerra apenas em agosto de 2022?

Eu sou a favor de que o Parque deva ser administrado pela iniciativa privada, mas este argumento por si só não justifica uma concessão feita as pressas. Pela importância do tema, acredito que ele deva ser melhor discutido com a comunidade local e o projeto possa ser aprimorado com tempo, mesmo que a concessão não aconteça nos próximos meses.

As eleições e o fim do mandato são um problema do Eduardo Leite, Canela e o Caracol não têm nada a ver com isso.