Canela,

17 de maio de 2024

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Chico

360 GRAUS

Francisco Rocha

Canela já arrecadou R$ 179.557.532,41 em tributos neste ano

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Se alguém lhe disser que o serviço público é de graça, mostre estes números para eles”

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O Governo dá tudo de graça!

Seguidamente eu escuto algum político falar que o Governo dá tudo de graça ao cidadão.

“Até dos teus filhos a gente cuida”, ouvi alguns falarem certo dia.

Ah, é? Cara pálida!

Faltam três meses para terminar o ano e os brasileiros já pagaram dois trilhões de impostos.

Em 2020, o Brasileiro trabalhou 151 dias dos 365 do ano apenas para pagar impostos, ou seja, cinco meses.

CINCO MESES DO ANO, para PAGAR IMPOSTOS.

Em Canela, até o mês de setembro, já entrou R$ 179.557.532,41 nos cofres públicos, de tributos diversos. A previsão é de que até o final do ano sejam arrecadados R$ 203 milhões. Os dados são do Portal da Transparência da Prefeitura de Canela, até as 11h desta quinta (7).

Em média, Canela arrecada R$ 966 mil por dia. Se você entrar em um mercado e comprar uma caixa de palitos de dente, contribuirá com este número.

Em média, cada canelense paga R$ 4.500,00 de impostos por ano. Claro que existem pessoas que não tem renda, não trabalham, outras, neste cálculo, são bebês, ou inativos por motivo de saúde. Mas o cálculo é este! Pior, porque se existem pessoas que não produzem, quem produz tem que pagar a mais por estas pessoas.

Você já se perguntou o quanto trabalha para pagar impostos? Já fez o cálculo do que poderia fazer se este dinheiro sobrasse no seu bolso?

Então, minha sugestão é que você anote estes números e da próxima vez que alguém te disser que o serviço público é de graça, mostre isso.

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Existe vida inteligente fora da Prefeitura

Mais uma vez a Prefeitura de Canela envia ao Legislativo um projeto importante e polêmico, assim, como se fosse uma coisa simples, sem discutir com a comunidade.

A reforma administrativa não é apenas um acerto nos cargos para ajustar a máquina pública à ideia de administração do Prefeito, ainda mais quando ela vai onerar o orçamento em algo perto dos R$ 7 milhões anuais.

Acredito que mudanças pontuais devem ser feitas e tem cargos que realmente precisam ser criados, mas não tenho como saber, como contribuinte, se este projeto é adequado.

No material enviado à Câmara não fica claro quantos cargos efetivamente são criados. Dos cargos que são mantidos, quais tiveram reajuste de valor (parece que praticamente todos). O estudo de impacto financeiro, se foi enviado ao Legislativo, não está a disposição do público na página da Câmara.

Conversava com um representante da Administração ontem, que me explicava que a reforma é necessária por uma série de fatores, os quais não estão na justificativa enviada aos vereadores. Respondi que até pode ser, mas, da maneira que o processo foi feito, parece apenas mais um projeto para criar cargos.

O que o Poder Público tem que entender é que existe vida inteligente fora da Prefeitura e da Câmara de Vereadores e quando paramos para pensar, surgem dúvidas. É dever do Poder Público responder estas dúvidas a quem de fato paga seus salários.

A gente sabe que não deve ser ruim estar a frente destes cargos

Eu mesmo já fui funcionário público concursado e trabalhei com três prefeitos diferentes.

Se tem uma coisa que eu posso afirmar é que, se fosse ruim ser prefeito, vice, secretário ou vereador, não tinha tanta gente disposta a colocar o nome à disposição.

“Ah! Mas a gente trabalha 24 horas e vive resolvendo problemas”, dizem alguns.

Pois é, aqui na iniciativa privada a gente trabalha 24 horas e faz elas se transformar em 36 e muitas vezes temos que resolver problemas que o poder público cria.

Câmara de vereadores: foco em que, mesmo?

A Câmara tem três espaços em que dos nobres edis podem se manifestar.

O Grande expediente que dá oito minutos a cada vereador para falar sobre o que ele quiser, podendo este tempo chegar a dez minutos se os outros vereadores não falarem. A Ordem do Dia, espaço de cinco minutos para debater a matéria em votação e três minutos para explicações pessoais.

Ou seja, cada vereador tem 16 minutos para falar na sessão, destes apenas cinco são reservados para os projetos e muitos nem utilizam. Os outros 11 minutos, são livres.

O tempo da sessão e como ele é utilizado é regrado pelo Regimento Interno, criado pelos próprios vereadores.

Aí tem vereador que ocupa o tempo para fazer propaganda partidária, o outro para fazer oposição e alguns até para promoção pessoal mesmo.

Afinal, a Câmara de Vereadores tem foco no que, mesmo?