Canela,

4 de maio de 2024

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Chico

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Francisco Rocha

Homem preso por tráfico presta serviços em órgão do judiciário canelense

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Foi com surpresa que a Brigada Militar se deparou com um suspeito de tráfico de drogas, na quarta (27), em Gramado, próximo à ExpoGramado. O homem de 38 anos estava em um veículo HB20, junto com uma mulher de 36 anos.

No momento da abordagem, a mulher jogou fora 86 gramas de maconha e dez gramas de cocaína.

Ambos foram identificados e presos em flagrante por tráfico de drogas e encaminhados à DP de Gramado, onde foi lavrada a ocorrência.

A grande surpresa foi que o suspeito estava vestindo um uniforme de empresa de segurança que presta serviços ao Judiciário na cidade de Canela. Após, foi possível verificar que se tratava mesmo de um funcionário da empresa.

O homem acusado de tráfico não foi encaminhado ao sistema judiciário.

Denúncia de maus tratos: aliás, ninguém fica preso por aqui

Quem acompanha de perto o trabalho das forças de segurança na região sabe da qualidade dos policiais, sejam civis ou militares. O que causa estranheza é que, em alguns casos, os criminosos nem chegam a entrar no presídio, em outros casos, entram por uma porta e saem pela outra.

A reportagem da Folha teve acesso a uma ocorrência recente, na qual foi constatado maus tratos a um cão da raça pitbull.

O fato aconteceu no início deste mês, o animal estava preso em um mato nos fundos da residência, sem água e comida, já nessa situação há algumas semanas. Os policiais tentaram resgatar o animal, que, muito estressado, chegou a morder um dos inspetores no braço. Com dificuldade, o cão foi levado a um veterinário, mas morreu no caminho.

Maus tratos agora é crime e o dono do cachorro foi preso em flagrante, após levado ao presídio. Para a surpresa de quem trabalhou na ocorrência, o suspeito nem chegou a ir para a cela, ficou em uma sala e foi liberado por ordem da Justiça logo depois.

Este é só mais um recorte de diversas ocorrências onde os suspeitos, ou acusados, presos inclusive em flagrante, não ficam presos.

Sabemos que a lei é assim, que a Justiça faz o que está na legislação, que este é o trabalho do advogado e por aí vai. Mas, se é extremamente desanimador para comunidade ver casos como estes acontecendo, passando uma grande sensação de impunidade.

Imagino o quão desanimador deve ser também para os policiais, que por vezes chegam a prender o mesmo vago duas ou três vezes por semana.

Se a lei permite que seja assim, já passou da hora de todos os setores da sociedade se mobilizarem para mudá-la.

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