Retruco é uma situação no jogo do Truco, onde ao ser mencionado, aumenta pontos na partida, sendo possível ser ou não um blefe. Esse foi o nome escolhido para o grupo após tantas partidas desse jogo nos ensaios e reuniões.
Formado em 2015 por músicos da Região, após um convite da Secretaria de Cultura de Gramado para realizar uma apresentação chamada “Clássicos da Terra Gaúcha”, retornou em 2020 com a intenção de levar o trabalho com identidade nativista adiante com interpretação de grandes obras do cancioneiro gaúcho e também músicas autorais.
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“Ainda Somos Rio Grande” é a música que dá nome a este primeiro trabalho e vem a ser a primeira música que recebeu letra e melodia com o grupo. Ela nasceu em um festival na cidade de jaguari, durante o 6° canto do jaguar, quando o tema para as composições deveriam ser “as varias faces da coragem”.
O álbum terá nove faixas autorais, que nasceram desde a formação do grupo em 2015. Entre as músicas escolhidas para o trabalho, obras não inéditas já contempladas com premiações em festivais como “Ah se eu fosse gaiteiro” e “Tango do Partidor”.
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O evento de lançamento acontecerá no dia 03 de dezembro de 2021, na sede campestre do CTG Manotaço, na cidade de Gramado. Os ingressos podem ser adquiridos através das redes sociais do grupo, com seus integrantes e também através do número (54) 99107-9852.
o CD estará disponível em mídia física e nas principais plataformas digitais.
Foto: Divulgação
O Retruco é formado por Gabriel Castilhos (gaiteiro), Bruno Rauber (guitarron e voz), Léo de Abreu (violão solo) e Júlio César Oliveira (percussão e voz)
Ainda somos Rio Grande
Letra: Léo de Abreu – Música: Retruco
Do verde que enche os olhos sendo paisagem
Da terra bruta que foi o chão das tropeadas
Rudez da forja deste meu povo de guerras
Audácia de uma identidade outrora criada
Mates em silêncio cevados por mãos rurais
Arrocinam caminhos e domas no lombo do tempo
Sonhos singelos de uma vida por inteira
Entre tantos perdidos e soltos ao vento
/Somos nós o Rio Grande, como um dia se foi
Levando um nome tão lindo, a pata de cavalo
Somos o hoje como ainda seremos amanhã
Adiante de toda história com a coragem por embalo/
Quem tem um chão amado pra chamar de seu
Traz por regalo uma essência que não quebra
Fincando raízes e mesmo por vezes distante
Traz no coração a altivez das mangueiras de pedra
Enquanto ecoar o canto de um quero-quero
Num fundo de campo, onde o gado berra
Levaremos por diante o grito de um “êra êra”
Pois como disse o índio “tem dono essa terra”