Alguns vereadores de Canela foram surpreendidos ontem (30), pouco antes do início da sessão ordinária, às 19h, com a presença da comunidade escolar da Escola Municipal de Educação Infantil Dinah Signori em frente a Câmara Municipal.
Com cartazes e apitos, pediam a oportunidade de se manifestar sobre a mudança de endereço da escola infantil que atende 88 crianças no Parque do Sesi, a qual, não consideram a ideal.
Ocorre que a Câmara, já há algum tempo, trabalha de portas fechadas, com sessões transmitidas pela internet, sob o argumento de protocolos contra a pandemia. Apenas os vereadores do PDT foram até a rua falar com os pais e a presidência disse que eles não poderiam ter acesso à sessão plenária.
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Determinada, a comunidade escolar foi até a janela do plenário e se manifestou. O barulho foi tão forte que a sessão teve que ser interrompida. Somente aí a presidente da Câmara, Emília Fulcher, foi até a rua falar com os pais. Ficou decidido que três representantes iriam entrar e abriram espaço na tribuna para uma das mães se manifestar.
Letícia Carvalho expôs a opinião da comunidade escolar, que vê a mudança como uma perda na qualidade do serviço oferecido aos seus filhos.
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A falta de diálogo
A falta de diálogo tem sido uma constante ao longo desta administração, seja na Câmara, seja na Prefeitura. Quando a coisa aperta, fecha-se em copas e segue sem dar ouvidos à comunidade. Muitas decisões são verticais, de cima para baixa e ponto. As vezes, alguém se insurge e muitos levam o rótulo de ser contra o progresso da cidade.
Já escrevi aqui e repito, agente político, eleito ou nomeado, tem a obrigação de escutar a comunidade, ele não é um representante do povo, ele é um empregado do povo.
O recado que a comunidade escolar passou neste segunda-feira foi claro, a comunidade tem do direito de ser ouvida e, certa ou errada, a Administração Pública tem o dever de dar explicações à população.
Sobre a mudança da Dinah
Parece que existem aspectos legais que embasam a decisão da Secretaria de Educação na mudança de endereço da Dinah Signori, mas parece também que há como resolver o problema e manter a escola no Sesi. Por outro lado, a Prefeitura já parece ter decido há alguns meses pela mudança e não comunicou os pais.
Os pais, por sua vez, acreditam que o novo local não vai oferecer a mesma qualidade para educação de seus filhos.
Durante esta semana, a reportagem da Folha vai tentar buscar todos os lados desta situação para esclarecer aos leitores para que os mesmos possam tirar as suas conclusões.
Por fim, o recado dado pela comunidade escolar da Dinah Signori foi claro, a força da comunidade é maior que a vontade política e se a mesma se mobilizar, fará os políticos escutarem, nem que seja a contragosto, como nesta segunda.
#ficaadica
