Partidos tentam evitar fritura e perda de cargos, mas não vão conseguir
Inerte, desde as primeiras denúncias trazidas pela Operação Cáritas, a Câmara de Vereadores foi novamente ajudada pela Polícia Civil e pela Justiça.
Escrevi aqui, há alguns dias, que, se nada acontecesse, os vereadores teriam que lidar com a situação de Alberi Dias no próximo dia 10. Teriam que sair de cima do muro.
Pois bem, aconteceu, Alberi foi preso novamente.
Mas, porém, todavia e entretanto, o recado foi dado no despacho do Juiz Vancarlo Anacleto, da 1ª Vara Judicial de Canela. Ele escreveu:
“Por outro lado, a Câmara de Vereadores permaneceu inerte quanto a eventuais providências que lhe cabem em relação ao seu então Presidente que, pelo que se tem notícia, não é objeto de nenhum processo no Legislativo Municipal para apurar sua conduta disciplinar ou mesmo determinar seu afastamento e até eventual cassação de seu mandato, seguindo ele, inclusive, percebendo seus proventos dos cofres públicos, já que não cabe a este juízo, pela via do inquérito policial, qualquer decisão neste aspecto”.
Quanto à Prefeitura, Vancarlo diz, no documento que decreta a prisão de Alberi: “Ainda que tardia a ação do Chefe do Executivo, acabou por ser efetivada, ratificando a necessidade do afastamento já afirmada por este juízo”, se referindo à exoneração de Ratinho e Angelo Sanches.
Partidos tentam evitar fritura e perda de cargos, mas não vão conseguir
Fica claro para este colunista que os vereadores tentam evitar a fritura dos implicados na Operação Cáritas, mas não vai conseguir. A cada semana, novos elementos aparecem, comprovando as acusações já conhecidas e mostrando novas irregularidades.
O MDB tenta se manter vivo, mesmo sob o olhar de reprovação da comunidade. O PSDB quer se segurar sem rachar com o governo, mantendo cargos no Executivo, porém, mais cedo ou mais tarde vai ter que sair do muro.
Enquanto isso, os nobres edis vão se segurando e pagando o mico de nada fazerem ou nada saberem.
