Canela,

2 de dezembro de 2024

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Chico

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Francisco Rocha

Se engana quem pensa que a Operação Cáritas está perto do fim

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Não tenho procuração para defender ninguém, se tivesse seria advogado e, como todos sabem, não sou. Também não tenho procuração para acusar ninguém, se tivesse, talvez seria do Ministério Público, mas já larguei a carreira de funcionário público.

O que eu sei é que quem pensa, em uma análise superficial, que a Operação Cáritas está perto do fim está redondamente enganado. Pelo contrário, a Polícia Civil vem, sim, cumprindo os prazos legais e enviando ao Judiciário, quase que semanalmente, novas informações sobre o inquérito.

Respeitar estes prazos faz parte da norma legal, porém, o vasto material recolhido até agora nas diversas fases da investigação consumirão muito tempo da força-tarefa instalada na Delegacia de Polícia de Canela, de forma que a cada semana, mas, talvez até por mais de um ano, irão surgir novas provas e indícios.

Pensar que simploriamente uma investigação desta envergadura está acabando é não dar a devida importância aos fatos até agora divulgados.

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Cada um interpreta da maneira que bem entende

Este colunista teve acesso aos 20 volumes anexados ao processo judicial da Operação Cáritas. Novamente, não sou advogado, o que eu entendo é que se trata apenas de remessa do inquérito para atender o que manda a lei. Como há dois réus presos, o inquérito deve ser remetido ao Poder Judiciário, inclusive para proporcionar possibilidade de defesa. Assim, houve remessa, no estado em que se encontra, sem que houvesse conclusão das investigações, que seguem sendo feitas pela Polícia Civil de Canela.

Vejam bem, sem que houvessem CONCLUSÕES. Logo, com certeza, muitos investigados poderão ser indiciados logo ali na frente. Na prática, nada mudou.

E, pela terceira vez, não sou advogado, nem jurista, mas três investigados foram pegos portando ilegalmente armas de fogo. Só isso, sem investigações, já daria indiciamento.

Os dois investigados que se encontram presos cumprem acautelamento preventivo, não definitivo, logo, poderiam ser soltos pela Justiça a qualquer momento.

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A minha interpretação dos documentos que geraram confusão, hoje em Canela, é de a operação segue, inclusive com a confirmação oficial de que haverão mais fases, com foco nas Secretarias de Turismo e de Meio Ambiente, o que demonstra que, enquanto eu escrevia essa coluna, já surgiram mais uns três ou quatro indícios.

Parece que em Canela tem gente torcendo contra a Polícia.

Por fim, quando eu era gurizote e comecei a caçar, aqui nas matas da cercania da Rua Sete, aprendi com os mais velhos que o disparo deve ser no momento certo. Se tu disparar antes, além de perder o chumbo, espanta a caça.