Governo pode, até mesmo, ter que abrir mão de um secretário ou voltar a apostar em Alberi Dias, para continuar no comando do Legislativo
Uma novela para definir quem será o novo presidente da Câmara de Vereadores de Canela começou a se desenhar, neste final de semana, e pode acabar com o MDB perdendo o comando da casa, algo que se mantém há seis anos.
Aliás, há quem aposte que a presidência pode até mesmo cair no colo do PDT, apesar de este colunista achar pouco provável esta alternativa.
RECEBA GRATUITAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO SEU WHATSAPP
Para que o leitor possa entender melhor o rolo que está o comando da Câmara, vou fazer um breve relato: após as acusações da Operação Cáritas e de ser preso duas vezes, Alberi Dias (MDB) renunciou ao cargo de presidente.
Na volta do recesso, em fevereiro, foi feita nova eleição e ganhou Alfredo Schaffer (PSDB). Só que Alfredo saiu para assumir a Secretaria de Meio Ambiente e o cargo ficou vago novamente.
RECEBA AS NOSSAS NOTÍCIAS AGORA TAMBÉM PELO TELEGRAM
Há uma tendência, neste momento, de que Emília Fulcher (Republicanos), monte uma chapa na qual ela será a presidente, para isso, deverá renunciar ao cargo de vice-presidente, o qual ocupa no momento.
Porém, fala-se abertamente que o 2º secretário, José Vellinho Pinto (PDT), e o 1º secretário, Jeferson de Oliveira (MDB), também podem renunciar. Assim, todos os cargos da mesa ficarão vagos e deverá ser feita nova eleição da Mesa Diretora em sua totalidade e não apenas para o cargo de presidente.
E é aí que o bicho pega. O Regimento Interno da Câmara de Vereadores diz que somente vereadores titulares podem ocupar cargos na Mesa Diretora e nenhum partido tem quatro vereadores titulares hoje na Câmara e, vejam, são quatro cargos: presidente, vice, 1º secretário e 2º secretário.
Os titulares, hoje, são, os três vereadores do PDT, Vellinho, Jerônimo e Jone, Emília do Republicanos e Jeff e Alberi, do MDB. Somente estes podem concorrer.
Caso não haja consenso, o MDB poderá ter que trazer um ou dois dos cinco vereadores que hoje estão como secretários, para poder montar uma chapa. Vale lembrar: Marcelo Savi, no Obras, Carla Reis, no Turismo, Luciano Melo, na Fazenda, Carmen Seibt, no Governo, e Alfredo Schaffer, no Meio Ambiente.
Câmara é puxadinho
O que está prestes a acontecer na Câmara de Vereadores de Canela mostra duas coisas:
1) que o Legislativo Canelense virou um puxadinho de serviçais da Prefeitura Municipal, e;
2) que os eleitos para serem representantes do povo, na Câmara, abandonam, fácil, fácil, seu compromisso para assumir uma cadeira no Executivo, enfraquecendo ainda mais o Legislativo.
Ou seja, os próprios vereadores são culpados pela situação em que se encontra a Casa do Povo.
