Canela,

27 de abril de 2024

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Chico

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Francisco Rocha

A Operação Cáritas e os dois lados da moeda da política canelense

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Tudo na vida tem dois lados

Quando se é uma pessoa pública, seja um agente político ou, no meu caso, um profissional de imprensa, estamos sujeitos a sermos questionados pela comunidade. Também, como agentes públicos, ou formadores de opinião, que é o meu caso, temos que tomar posições.

Tudo na vida tem um lado. Então eu lhe pergunto: de que lado você está?

Todos temos direito de viver nesta cidade e fazer nossas escolhas, mas nossas decisões têm um custo. O problema é quando você se propõe a ser um representante da sua comunidade. Aí meu amigo, não há como fugir, você tem que descer do muro.

Você está de que lado?

Sob o domínio do medo

Assumir uma postura não é fácil. Ao fazer isso, provavelmente você irá angariar desafetos. O que eu não posso admitir, sob hipótese alguma, é ver pessoas com medo, recebendo ameaças, por tomar uma determinada posição que vai contra poderosos.

Não estamos mais na época do coronelismo e nem se admite que se faça política como em 1990. Procurar escoteiro na política é perda de tempo. Mas ignorar a realidade que esbofeteia a nossa cara é ingenuidade. Ninguém solta a mão de ninguém.

Nossa dificuldade de se organizar, enquanto sociedade facilita a vida de quem se organiza envolta de um projeto de poder.

Canela pode mais que isso. Vou além: Canela merece mais que isso!

Não podemos viver sob o domínio do medo.

Qual o motivo de existir pessoas contra a Operação Cáritas?

A semana foi marcada por pontos e contrapontos à Operação Cáritas, que investiga suspeitas de corrupção em parte do Poder Público canelense.

Nos contrapontos, algumas pessoas acham motivos para desacreditar a investigação. Outras, tentam minimizar.

Óbvio que quem quer diminuir o trabalho da Operação tem seus motivos para isso, apenas, ainda, não sabemos quais são.

R$ 1 milhão nas contas dos investigados

Você deve ter lido no Portal da Folha, se não leu, reproduzimos a matéria na página 12 desta edição. A 8ª fase da Operação Cáritas tem diversos investigados, alguns deles tiveram valores bloqueados nas suas contas correntes, valores que chegam a R$ 1 milhão, um valor que a esmagadora maioria dos canelenses nunca vai ver na vida.

É um valor significativo. Afastar as cautelares, que é o pedido dos investigados, significa liberar estes valores.

A realidade canelense é essa, cada um por si e ninguém por todos.