Canela,

18 de maio de 2024

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Vereadores de Bom Princípio pedem afastamento de administradora investigada na Operação Cáritas

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Hospital São Pedro Canísio, em Bom Princípio

Ela dirige o Hospital São Pedro Canísio, atualmente, mas era administradora do Hospital de Canela, na época das investigações sobre a casa de saúde

A Operação Cáritas, através da qual a Polícia Civil investiga diversas denúncias de corrupção em parte do Poder Público canelense, segue com desdobramentos, não apenas em Canela. Desta vez, os holofotes se voltaram para Adriana Schvade Seibel, ex-primeira dama de Bom Princípio, ex-administradora do Hospital de Canela e advogada.

Atualmente, ela é diretora-administrativa do Hospital São Pedro Canísio, em Bom Princípio. Em junho, chegou a ser ouvida em uma CPI referente ao contrato de gestão entre Município e Hospital. Através de uma indicação, na sessão desta segunda (8), a bancada do MDB, do legislativo daquela cidade, pediu o afastamento de Adriana, com base nas notícias que expõem seu envolvimento na Operação Cáritas e para garantir a transparência da gestão.

O pedido ainda será votado pelo plenário da Câmara de Vereadores de Bom Princípio. Um primeiro pedido afastamento de Adriana, em novembro de 2021, não chegou a ser votado, por não se enquadrar nas hipóteses previstas no regimento interno do legislativo. 

Adriana, em depoimento à CPI, na Câmara de
Vereadores de Bom Princípio
Fotos: Reprodução

Adriana é investigada na Operação, sendo suspeita de realizar a ligação entre o poder público e setores da iniciativa privada, que se beneficiavam com os esquemas de corrupção. Ela foi administradora do Hospital de Canela, quando Vilmar da Silva Santos era o interventor municipal. Na ocasião, ela foi afastada judicialmente do cargo e alvo de mandatos de busca e apreensão.

Seu marido, Jacob Nestor Seibel, foi apontado pela investigação como um dos sócios de Vilmar Santos em uma das lojas do complexo SkyGlass. Além disso, Adriana também atuava como advogada da SkyGlass, sendo flagrada em tratativas com Anna Fonseca, da empresa Terra Naturis (uma das quais seria de propriedade do ex-secretário Jackson Müller), para obtenção de licenciamento ambiental para empreendimento da empresa proprietária da SkyGlass.

Recentemente, o veículo de Adriana, avaliado em mais de R$ 280 mil, que estava apreendido, foi destinado judicialmente para uso da Polícia Civil de Canela.