Canela,

26 de julho de 2024

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Ciclistas canelenses percorrem 800 quilômetros de bicicleta até Curitiba

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Saiba como foi o percurso de Alexandre Magnus e Fábio Santos até a capital paranaense, em sete dias

Alexandre Magnus, de 48 anos é fundador do grupo Javalis do Pedal e teve o ciclismo presente em sua vida desde a infância, mas se dedica ao esporte desde 2019. Fábio Santos, de 47 anos, faz parte do grupo Parceiros do Pedal Canela e Gramado e pedala há 11 anos. Antes de irem até Curitiba, o maior trajeto que eles haviam feito foi de 150 km, da serra ao litoral gaúcho.

A ideia do Pedal surgiu após a dupla ter subido a Serra do Corvo Branco e o Morro da Igreja, em Santa Catarina, no início do ano, quando Fábio disse que iria até a capital do Paraná de bike, em novembro, pois possuía afazeres na cidade. Ao questionar quem iria com ele, Alexandre topou e encarou a aventura.

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O trajeto iniciou no dia 14 de novembro, saindo da Catedral de Pedra, em Canela, e terminou no dia 20, quando chegaram no destino final: Curitiba. Foram sete dias de experiências indescritíveis, afirmam Alexandre e Fábio, que faziam em média, de 100 a 150 km por dia.

No primeiro dia, saíram de Canela, com chuva fraca, mas ao chegarem em Tainhas, um temporal começou, então, precisaram esperar das 9h30 até 12h30, quando o tempo abriu, então, seguiram até Arroio do Sal. No segundo dia, o plano era ir até Criciúma, mas chegaram um pouco mais longe, em Jaguaruna. No terceiro dia de viagem, chegaram em São José, e no quarto dia foram até Barra Velha, onde aproveitaram para tomar um banho de mar – o único dia que conseguiram descansar.  

No quinto dia, chegaram na divisa de Santa Catarina com Paraná, na cidade de Guaratuba, e no sexto dia, foram até Matinhos. No sétimo dia, domingo, a meta era chegar no pé da serra, em Morretes, porém, como chegaram cedo, decidiram subir a Serra da Graciosa, que são 14 km de subida e 1100 de altimetria, chegando em Curitiba após mais de 40 km. Ao todo, os ciclistas percorreram 840 quilômetros juntos.

Alexandre ainda foi mais além e chegou na divisa com São Paulo, completando os mil quilômetros, que era sua meta.

Segundo eles, não houveram muitos problemas mecânicos, apenas dois pneus furados, em Joinville, e um cassete da bicicleta que deu problema. O grande desafio era lutar contra o próprio corpo, cansaço e dores, mas desistir nunca foi uma opção para a dupla, pois, dentro deles, o objetivo era claro.

Passar horas sozinhos em cima de uma bicicleta, os fizeram refletir e analisar que ambos estavam no lugar que deveriam estar. Essa experiência, por mais desafiadora que fosse, não só serviu como superação pessoal, mas também, inspirou pessoas. Eles comentam que nos lugares que vão agora, sempre são parabenizados pela atividade, além de terem ganhado seguidores nas redes sociais, que admiram a viagem realizada por eles.

Alexandre e Fábio comentam como esses dias foram transformadores. Conheceram novas pessoas, novas histórias e puderam compartilhar as vivências com quem eles encontravam no caminho. Perceberam que ainda existem pessoas que desejam ajudar as outras. Eles ganharam frutas, água, ajudaram andarilhos, e ao serem perguntados sobre qual a sensação de finalmente chegarem ao destino, ambos afirmaram que eles não queriam chegar, mas continuar a viagem.

“Quando a gente chegou não deu alegria, deu tristeza que ia acabar. Pensamos ‘acabou e agora? ’, a gente queria mais. Claro que ficamos felizes por termos completado, mas foi uma sensação de vazio depois do objetivo”, afirma Alexandre.

Fábio completa “a sensação de ter chegado, claro, satisfação por completar o trajeto, o desafio, mas um misto de tristeza por ter acabado, porque parece que a gente queria continuar. Por isso, tem que ter um novo objetivo agora”.

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