Canela,

6 de maio de 2024

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Chico

360 GRAUS

Francisco Rocha

Coluna 360 Graus — O Réveillon de Gramado e o politicamente correto…

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Aqui nesta coluna, não sou de relativizar. Os atos de violência e vandalismo que aconteceram durante a virada de ano em Gramado acabaram por minimizar o quebra-quebra e as vias de fatos entre quem promoveu a baderna e exaltar uma ideia de excesso na ação policial. Estes baderneiros são os errados, não a BM.

Não conheço os policiais envolvidos, não reconheci pelo vídeo nem tive acesso aos nomes. Não sou daqueles que gostam de contrapor dizendo que os policiais deveriam chegar oferecendo flores para os baderneiros, mas convenhamos, com aquela quantidade de pessoas arremessando garrafas e literalmente saindo no braço, quando se é policiamento ostensivo, não dá para começar a abordagem oferecendo um mate para o vivente.

Crucificar o policial, agora, é fácil. Mas, o que você faria se tivesse que tomar uma decisão naquele momento?

Cá entre nós, na hora que o bicho pega, você liga para quem? 190, claro!

A maioria da comunidade não sabe, mas um dos envolvidos na confusão, aquele preso com faca, já havia protagonizado cenas de violência em fevereiro do ano passado, quando o meio-campista do Grêmio, Mathias Villasanti, foi atingido por uma pedra pouco antes de um Grenal.

Poderia ser uma pedra ou uma garrafa na cabeça de um familiar ou amigo seu, no último dia 1º em Gramado.

Se fosse seu filho, ou sua filha, que tivesse ido curtir o Réveillone apanhasse de um desocupado, ou levasse uma garrafada de graça, só por que estava na via pública e alguns vândalos começaram a brigar? Você diria que foi excesso dos policiais?

As imagens mostram grupos de 15, 20 jovens, brigando a pontapés e arremesso de garrafas. Se tivesse acontecido algo pior, e por pouco não aconteceu, iriam questionar aonde estava a polícia naquela hora.

Alguém vai me perguntar se eu gostaria de uma abordagem mais truculenta se fosse meu filho que a BM estivesse “juntando” na rua. Respondo com toda tranquilidade que, com certeza, eu mesmo ia dar uns “caticocos” nele quando chegasse em casa.

A Brigada Militar é um das instituições mais rígidas que existem quanto à disciplina. Com certeza, se houve excesso, esse será apurado e punido. O que me deixa chateado é a turma que quer a punição aos policiais, por simples punição, simplesmente por que eles são “polícia”.

Na minha opinião, quem não gosta de polícia, bom sujeito não é… Em 99% das vezes, o trabalho da polícia não é bonito, refinado ou serve de inspiração para poesia, mas é um trabalho perigoso e necessário.

Gerar pauta estadual pregando “politicamente correto” é fácil, quero ver trabalhar pelas nossas cidades e pela região. E se, ainda assim, você considerar excessiva a abordagem da BM no Réveillon, lembre-se que esta foi uma das 365 noites do ano. Nas outras, a BM segue atuando pela comunidade!