Canela,

6 de maio de 2024

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Ângelo Sanchez vira réu em mais um processo da Operação Cáritas

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Jornalista de Gramado e empresário de Porto Alegre também foram denunciados pelo MP

O ex-secretário Municipal de Turismo e Cultura de Canela, Ângelo Sanchez, virou réu em mais um processo judicial no âmbito da 10ª fase da Operação Cáritas, que investiga denúncias de corrupção na área de turismo e eventos do Município.

A denúncia do Ministério Público diz respeito à contratação da produção de áudios a serem inseridos durante a apresentação do espetáculo de luzes na Igreja Catedral de Pedra, no Sonho de Natal de 2017.

Segundo a investigação da Polícia Civil, que embasou a denúncia do MP, houve evidente superfaturamento na contratação do serviço, que teve custo de R$ 61.950,00 para os cofres municipais.

Além de Sanches, o jornalista de Gramado, Carlos Henrique Marquez Nunes Maluf de Souza, alcunha Caíque Marquez, e um empresário morador de Porto Alegre, proprietário da agência que intermedia as contratações de publicidade da Prefeitura, também viraram réus no processo judicial.

Conforme apurado pela Polícia Civil, Caíque recebeu honorários em razão de atuar como narrador nos áudios, mas, assim que recebe a quantia, “devolve” R$ 50 mil a conta corrente pessoal de Sanchez, ou seja, praticamente todo o valor do contrato. Os fatos foram comprovados pelas quebras de sigilo bancário a que a Polícia Civil de Canela teve acesso.

Os três foram acusados pelo crime de peculato, a denúncia foi aceita pela 1ª Vara Judicial de Canela desta terça (28). Ângelo Sanchez segue cumprindo prisão preventiva no Presídio Estadual de Canela, desde 14 de dezembro de 2022, quando foi deflagrada a 10ª fase da Operação Cáritas.

Já o jornalista gramadense e o empresário porto-alegrense, por determinação do Juiz Vancarlo Anacleto, réus em liberdade, não poderão mudar a residência sem prévia comunicação. Ainda, a Secretaria Municipal de Turismo deve encaminhar à Justiça relatório sobre a contratação, no prazo de cinco dias.

Este é o segundo processo em que Ângelo Sanchez é réu. Anteriormente ele foi denunciado, com outras duas pessoas, por irregularidades na obtenção e uso de projetores do espetáculo de luzes da Catedral, e do uso de parte da decoração dos eventos da cidade para confeccionar móveis de uma pousada da qual é acusado de ser sócio oculto.

A 10ª fase da Operação Cáritas deve ter ainda mais denúncias oferecidas ao Poder Judiciário, pois o inquérito principal foi desmembrado pelo Ministério Público, com relação aos diversos fatos nele apurados.

Foto: Arquivo Folha de Canela