O dinheiro do contribuinte indo, literalmente, pelo esgoto, assim estão as Estações de Tratamento de Esgoto construídas pela Prefeitura de Canela, inoperantes e causando problemas, como na foto do repórter Filipe Rocha
Além de ser objetivo de furto de suas partes metálicas, os grandes tanques estão cheios d’água, um excelente local para proliferação de mosquitos. Mas, estes são apenas os pequenos problemas que serão abordados em matéria especial da próxima semana.
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Sabe de nada, inocente
Muito se fala que fulano foi considerado inocente em tal processo e naquele outro processo. Essa semana, o vereador Alberi Dias divulgou uma imagem em uma rede social com a palavra inocente, sobre o processo que enfrenta na Justiça Eleitoral, que trata de suposta compra de votos, levantada na Operação Cáritas.
Na decisão, o juiz eleitoral designado, Franklin de Oliveira Neto, não aceitou a denúncia do Ministério Público Eleitoral por falta de elementos que comprovassem a compra de voto. “Rejeito a denúncia em virtude da de falta de justa causa para o exercício da ação penal”, foi o termo exato.
Ocorre que, no sistema jurídico brasileiro, um cidadão só pode ser considerado culpado após o trânsito em julgado da sentença condenatória, ou seja, após esgotadas todas as instâncias jurídicas, inclusive o julgamento de todos os recursos cabíveis em todas as instâncias.
Ou seja, Alberi é e sempre foi considerado inocente, mas é considerado suspeito ou acusado, inclusive nos outros processos que ele responde na esfera criminal da Operação Cáritas, estes já aceitos e que ele está na condição de réu.
Somente deixará de ser inocente se for condenado, após todos os recursos, em algum deles.
Se por um lado essa foi uma vitória para o vereador, por outro, os recursos também estão disponíveis a quem acusa, neste caso, o Ministério Público Eleitoral, o que, aliás, já fiquei sabendo que vai acontecer.
Por este motivo, seja para qual lado que a decisão for favorável, todo bom jornalista termina sua matéria com a famosa frase “da decisão, cabe recurso”.
A polêmica do Parque do Palácio
Já escutei de correligionários próximos do prefeito Constantino que a maioria da população canelense, o povo, que vota, não está preocupado com o Parque do Palácio. Eles estão felizes porque têm a escola de turno integral, onde suas crianças ficam para eles trabalharem.
Para esta parcela do Governo, quem é contra o centro de convenções no Parque, não votou nem vai votar no MDB, ou seja, não faz diferença politicamente para eles.
Ambos lados têm seus defeitos
A verdade é que cada um puxa a brasa para o seu assado, ambos têm argumentos a favor e contra, tanto quem defende o parque, tanto o prefeito Constantino.
Porém, todavia e entretanto, com tudo o que aconteceu essa semana, fica evidente que o tal do gravame na escritura não é mais uma ameaça, ou seja, Canela não vai perder a área e pode pedir a retirada da obrigação.
Como tudo o que acontece no poder público, é vontade política, ou falta dela.
Raiva e presunção
Se por um lado, Constantino reclama que os defensores do Parque são presunçosos, por outro ele mesmo se coloca como acima da comunidade várias vezes. No próprio caso do Parque, o projeto que está sendo motivo de contenda é uma convicção dele, Prefeito.
Basta ver a sua fala sobre o empreendimento que está sendo erguido ao lado do Parque do Palácio: “quando ficar pronto, eles têm que me dar a terceira faixa, na Rodovia em frente”.
Ao que me consta, eles não vão dar ao Prefeito, vão dar à comunidade de Canela. A obra é de todos nós, não será propriedade do mandatário. A cidade não é de propriedade do Prefeito, nunca foi, nem nunca será.
Por outro lado, o Parque pertence à comunidade, assim como o Centro de Feiras. São dois lados que se apropriaram de ideias e não abrem, hoje, espaço para um consenso.
Há política no meio? Há!
Há teimosia no meio? Claro que sim.
Mas e Canela? O prefeito diz que falta muito tempo para a próxima eleição e que muita coisa pode acontecer. Ele tem razão, de bom e de ruim para todos os lados.
Falando nisso, espero que Canela consiga, independente de nomes e de partidos, construir uma via política que quebre este ciclo que estamos vivendo da Grenalização, da polarização.
Política pensada com o fígado não faz bem para ninguém.
Falta de Alvará no Centro de Feiras
O prefeito diz que nem mesmo alvará dos Bombeiros o Centro de Feiras tem. Está interditado. E é verdade. Mas também é verdade que o problema está em parte do telhado, na instalação elétrica e algumas coisinhas mais. Fácil e rápido de se resolver. Isso vem de quatro anos e a Prefeitura nunca correu atrás.
A Câmara de Vereadores, por exemplo, ficou anos sem alvará dos Bombeiros, foi regularizado apenas no ano passado. Se é assim, tínhamos que ter vendido a Câmara e trocado por algo útil para a comunidade.
