Canela,

18 de maio de 2024

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Chico

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Francisco Rocha

Anjos, demônios e o acerto do Governo Constantino

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No final da década de 90, o estudo da filosofia não alcançava os bancos escolares públicos, a matéria somente seria apresentada aos alunos nas faculdades, para quem tinha condições de frequentar, claro.

Em 1998, em meu primeiro ano na universidade, tive minha primeira aula de filosofia. A professora era uma gringuinha brava, que vinha de Caxias para dar aula no núcleo da UCS em Canela. Já de cara ela partiu para o Paradoxo de Epicuro, largou no colo da turma uma das discussões preferidas dos filósofos: se Deus é bom, ele não é todo poderoso, se é todo poderoso, não se preocupa com a existência do mal.

Gastamos um semestre com essa discussão.

A lógica pode se aplicar a diversas coisas que enfrentamos na vida, mas quero trazer uma reflexão sobre os anjos e demônios enfrentados pelo Governo Constantino, hoje, manchado pelas denúncias de corrupção levantadas na Operação Cáritas.

É claro que nenhum dos prefeitos que Canela teve levanta da cama e pensa “o que vou fazer hoje para piorar a cidade”? Todos eles querem deixar seu legado e todos eles tiveram erros e acertos, uns mais que os outros, tantos em erros quanto em acertos.

Se os acertos foram suficientes para Canela, isso é uma outra discussão filosófica…

Durante os últimos dois anos, fomos tendo conhecimento dos demônios que são enfrentados pela Administração Municipal, impedindo que faça um bom trabalho. Esses malefícios ganham as manchetes quase que todo mês, se não toda a semana.

Mas, se existe o mal, como fica o bem?

Pois bem, essa semana o Prefeito Municipal anunciou o que talvez seja seu maior acerto do terceiro mandato, a renegociação da dívida do Hospital de Caridade de Canela, fazendo com que o mesmo tenha de volta seu CNPJ.

Com isso, o HCC poderá ter uma vida financeira novamente quem sabe, depois de um tempo, volta a caminhar com as próprias pernas.

Foi uma ação muito positiva da atual gestão, por isso pontuo aqui este trabalho do prefeito Constantino e do interventor Leandro Gralha. Aí que eu me refiro.

Todos precisamos do HCC. Eu mesmo necessitei de uma incursão rápida pela casa de saúde na última semana e pude ver que as coisas têm melhorado por lá.

Precisamos que Canela volte a ter grandes acertos, precisamos voltar a crescer em diversas áreas. A crise política que vivemos não é boa para ninguém. Ainda restam dois anos de governos para Orsolin. Esperamos que ele possa exorcizar estes demônios do Paço Municipal, principalmente os relativos à soberba e à ira.

Que os anjos da pacificação política e do crescimento de Canela voltem a andar ao lado da nossa cidade. Sabemos que não é possível ser bom o tempo todo, mas precisamos ser mais bons do que maus!

Depois de 11 anos, HCC terá alvará sanitário

Outra grande notícia da coletiva foi dada pela advogada do HCC, Rosilá Salpego. Ela comunicou que o hospital conseguiu regularizar os mais de 150 apontamentos da Vigilância Sanitária e está a uma vistoria de retomar o Alvará Sanitário, coisa que não acontecia desde 2011.

Assim, o hospital pode fechar o mês com regularidade fiscal e alvará. Talvez, em termos de administração pública seja a grande notícia do ano!

Orsolin vai reapresentar projetos do Parque do Palácio e da minirreforma

Na coletiva sobre o HCC, o prefeito falou sobre o período em que Gilberto Cezar esteve como prefeito em exercício. Disse que o estremecimento entre PSDB e MDB deve ser resolvido no âmbito partidário e que não chega ao governo.

Falou mais uma vez que convidou Cezar para assumir o Turismo e ele não quis. Ainda, deixou claro que ainda este ano deve reapresentar à Câmara de Vereadores os projetos de permuta do Centro de Feiras pela construção de um centro de convenções no Parque do Palácio e da minirreforma administrativa, que separa Meio Ambiente e Planejamento em duas secretarias.

Canela deve repassar saneamento à iniciativa privada e romper atual modelo com a Corsan

Na mesma coletiva, o prefeito respondeu o questionamento deste colunista sobre o Plano de Saneamento. É convicção de Orsolin que água e esgoto sejam repassados à iniciativa privada através de concorrência pública, deixando claro que deve romper o contrato e o atual modelo com a Corsan.

Além disso, Constantino sabe que a empresa vencedora do certame deverá pagar uma outorga, que ele imagina na casa dos R$ 5 milhões. A ideia do prefeito é usar este valor para pagar a dívida do hospital a vista, não sendo necessário o parcelamento.