Canela,

19 de maio de 2024

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Com desdobramentos na Serra Gaúcha, operação investiga esquema interestadual de tráfico de drogas

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Foto: Reprodução/PC-RS

Estão sendo cumpridas 15 ordens judiciais de busca e apreensão em residências, estabelecimentos comerciais e empresariais, incluindo Canela

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da 3ª DIN/DENARC deflagrou, na manhã de quinta-feira (4), a Operação Atrium após 6 meses de investigação. A investiga busca combater um esquema interestadual de tráfico de drogas. Ao todo, estão sendo cumpridas 15 ordens judiciais de busca e apreensão em residências, estabelecimentos comerciais e empresariais, nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Viamão, Gravataí, Butiá, Charqueadas, Canela e Santo Antônio da Patrulha.

Dentre os presos, estão um dentista e um professor estadual contratado.

Segundo o Delegado Gabriel Borges, a investigação iniciou no final do ano de 2022 após a descoberta de um esquema interestadual de tráfico de drogas via transportadoras e pela utilização dos Correios. Conforme a investigação, os investigados adquirem entorpecentes, principalmente do Rio de Janeiro, Florianópolis e São Paulo, e fazem uma espécie de mascaramento por meio de transportes rodoviários, de modo a evitar a intervenção policial. Desta forma, os entorpecentes chegam até os destinos como se fosse produtos lícitos, seja por meio de transportadoras ou dos Correios.

Com a participação da Receita Federal, foi possível efetuar a interceptação de várias remessas ao logo da investigação, sendo apreendidos 4.182 comprimidos de ecstasy, 1,5 quilo de maconha “camarão”, 370 gramas de haxixe, 257 gramas de MDMA, 8 unidades de cosméticos utilizados em clínicas de estética e centenas de frascos de anabolizantes.

Além da grande quantidade de drogas ilícitas interceptadas, foi possível verificar que o esquema também envolve substâncias que afetam a própria saúde pública, como remédios abortivos, anabolizantes e itens estéticos, tudo sem a devida procedência e controle de qualidade.

Os entorpecentes eram remetidos das mais diversas formas para tentar esconder sua verdadeira procedência, como escondidos em caixas de som, em brinquedos de criança, em livros da área médica, panela de pressão e até mesmo em lixeiras.

A descrição das embalagens também tentava ocultar a identificação dos itens, mencionando se tratar de utensílios domésticos, brinquedos e livros. Com as apreensões e o avançar da investigação foi possível apurar os destinatários dos produtos, alvos das ações na presente data.