Canela,

27 de abril de 2024

Anuncie

Espaço do Leitor: Sobre o Mega Estorvo ou Verrugão

Compartilhe:

Parecia ser um negócio “daqueles”. Apareceu como um cometa, aterrizou nesta terra de maneira rápida e oportunista. Recebeu completo apoio do município sendo que as instituições municipais deveriam ter barrado ou, ao menos, exigido adequações à legislação municipal e rodoviária. Melhor ainda seria sugerir outra área mais adequada para instalar a estrutura.

De todos os ângulos foi decepcionante. O pessoal que apoiou essa estrumela não têm noção do que se passou e ainda se passa.

“Ah, vai gerar empregos”. Sim, gerou só que os artistas – essas peças fundamentais para o propósito do Mega Estorvo – não foram pagos.

“Ah, o comércio local vai vender mais”. Sim, venderam, não receberam e agora não podem retirar seus pertences de lá.

O dono do terreno ao lado que criou área para estacionamento teve pouquíssimos clientes por noite pois o show não atraiu público.

Há fornecedores sem receber há meses.

A previsão era desmontar a estrutura a partir de 09.janeiro mas aquilo continua lá, incomodando os vizinhos com os ventiladores funcionando 24 horas por dia para manter o circo de pé.

O Ministério Público produziu denúncia (muito bem documentada com diversos laudos) acusando os réus Hotel Sky (dono do terreno), Empresa Histórias Incríveis (dona do circo) e EGR (que permitiu a instalação na confluência de duas rodovias sem adequações). O MP pediu o imediato desmanche do circo. A Prefeitura ignorou pedidos e ordens de vários órgãos inclusive da procuradora do município. Assim como dispensou estudo de impacto ambiental. Um absurdo.

O dono do Mega Estorvo sumiu para não receber a intimação da justiça que não consegue encontra-lo.
Um desembargador de PoA autorizou a suspensão do prazo para o desmonte do Mega Estorvo.

Enquanto isso os vizinhos continuam sofrendo com o barulho dos ventiladores. Desrespeito puro.
Alô Prefeitura, o Estorvo continua deixando a entrada da cidade FEIA e o moto, “paixão natural”, virou PAIXÃO PELA MEDIOCRIDADE ou, talvez, pelos negócios esquisitos.

Uma vergonha!

Kira Luá
Marcia Feijó