Canela,

6 de outubro de 2024

Anuncie

Leo de Abreu

VIRE O MATE

Leo de Abreu

VIRE O MATE – CTG’s vs Bandinhas e coisarada

Compartilhe:

Vira e mexe a entrada pela porta da frente de outras manifestações culturais em CTG’s vira assunto aqui e ali. Pela porta da frente porque tem total aval da comissão de patronagem do seu lugar. E ficam aos tradicionalistas mais cascudos a pergunta: onde vamos parar?!

A nova manchete que ganha acaloradas discussões na web, se trata de uma festa em Lomba Grande onde conjuntos de renome dos bailes muy gaúchos serão mesclados a atrações de outros estilos, e neste caso, se fala de bandas de bailão. O que não tem mal nenhum… até que se mesclassem mais cultura regional nas tantas festas que tem por aí as coisas andariam melhor paro lado dos de bombacha. Se fosse gasto 1/10 em contratações da gauchada nisso que gastam por duplas de sertanejo nas fest isso e fest aquilo a tradição respiraria mais fundo.

Bueno, acontece que o pau todo é na seguinte afirmativa “buscamos o bailão para aproximar este público do CTG e da tradição gaúcha”

Essa coluna semanal é a opinião deste que vos escreve, e não detém de verdades absolutas se não as do próprio mundo do seu autor.

Que falta de noção de quem diz que levar bandinha pra um CTG vai fazer o apreciador de uma coisa gostar da outra… isso não existe! Ou se existir, certo não está!

• Siga Léo de Abreu no Instagram

Se isso fosse pretexto, seria a sentença final de que não soubemos preservar e manter vivo o que é nosso. Se uma entidade precisar levar coisas de fora da tradição para dentro das suas paredes, então ela aceita que seus serviços não atingem um mínimo de imagem séria e competente.

Acredito haver uma diferença, como um dia aqui já escrevi, de uma entidade que para se manter aluga de um salão ou algo assim para algum evento independente. Não poderia ser a solução, mas né, cada um sabe onde seu sapato aperta. Mas não dá para misturar as coisas.

Não à toa que o MTG por vezes banca regras que para quem vivencia a tradição de forma mais cotidiana, pode julgar descabida. Medir o tamanho do lenço, a largura do pano da bombacha… mas não tem como negar a importância da entidade ao retalhar atos assim.

Precisamos cada um de nós, gaúchos (não interessa o grau de vivencia dentro de uma bombacha ou vestido) sermos professores pelo exemplo. Se alegam que as invernadas padecem com poucos novos peões e novas prendas, então estamos todos deixando a desejar. Por que? Isso é uma pergunta válida. Vamos por culturas que destoem dos valores das nossas entidades dentro das entidades? Isso é uma pergunta que nem deveria ser feita.