Canela,

7 de maio de 2024

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Chico

360 GRAUS

Francisco Rocha

Coluna 360 Graus — Canela segue sem um ginásio decente para competições municipais

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Foi só acabar o verão e as chuvas aparecerem com um pouco mais de frequência que as rodadas dos campeonatos municipais foram sendo canceladas. Foram diversas da 3ª divisão e, até o fechamento desta coluna, a abertura do Veterano de Futsal, na noite desta quinta.

Há, claro, que se fazer a ressalva que ontem tivemos o atípico ciclone extratropical. E nas outras datas? Por sinal, a rodada de hoje está mantida.

Tudo isso porque o telhado do Ginásio Santa Marta apresenta problemas desde sua construção (faz tempo, só para registro, quem fez, fez mal e quem consertou fez mal também). São diversas goteiras e a cada chuva, cancelam-se os jogos, mesmo com as diversas tentativas de resolver o problema.

Vamos, antes de mais nada, fazer um parêntese para elogiar o esforço do DMEL para viabilizar as competições, não só o Cristiano Port, este ano, mas anteriormente as demais equipes que passaram por lá.

Não é mérito desta administração. Esporte em Canela nunca foi valorizado, nunca teve investimento, desde administrações passadas, sempre foram poucos recursos e a dupla (de dois, só dois!!!), do DMEL, tentando se virar.

Iniciamos a temporada de chuvas e, para consertar as goteiras, só quando tempo melhorar, até lá, espera-se por São Pedro.

O DMEL informou que gastou R$ 6.500,00 apenas no conserto do telhado, mas não foi o suficiente. Há o compromisso da empresa que ganhou o contrato e retornar enquanto o problema não foi completamente sanado.

Nada contra o Ginásio da Santa Marta

Vale o registro que não há nada contra o ginásio Santa Marta. A iluminação ficou boa, foram feitos vestiários e algumas arquibancadas, o pessoal que administra o local faz um bom trabalho com limpeza e segurança.

O que pega neste caso é que a estrutura não estava pronta para receber as competições. Foi feito um arranjo às pressas e o resultado estamos vendo agora. Não é culpa do DMEL, nem de quem administra o ginásio, eles estão tentando resolver.

O problema é a falta de política pública direcionada ao esporte. Se você não tem nem o local pronto, que tipo de ações pretende conseguir desenvolver? Vamos sempre ficar apagando incêndios.

É inimaginável e inaceitável que uma cidade pujante e com o orçamento que Canela possuí não tenha um local com a mínima estrutura para realizar suas competições municipais. Isso, por si só, além da indignação, deveria tocar na cabeça de quem detém a chave do cofre e a caneta na mão.

Nosso esporte merece mais…

Volto à sugestão de que se reforme o Centro de Feiras

Na última entrevista que o prefeito Constantino me concedeu, aqui no Estúdio Folha, ele disse: “sei que você tem uma opinião contrária”, se referindo à permuta do Centro de Feiras pela construção de um centro de eventos no Parque do Palácio.

Na verdade, não penso que o Parque do Palácio deva ser mantido como uma área de mata, como última reserva do bioma e “talecoisa”, nem oito, nem oitenta. Penso que o local pode ser readequado, claro, com cuidado para manter a natureza de lá, mas gosto da ideia dos anfiteatros e até mesmo das sedes das secretarias.

A minha discordância é a venda do Centro de Feiras. Já escrevi outras vezes, está 60% pronto para se tornar um ginásio municipal, que, se feito, será grande, central, e a altura da cidade de Canela.

Só para contrastar, Panambi, que tem menos habitantes que Canela e um orçamento menor que o nosso, conta com um belíssimo ginásio, que sediou este ano uma etapa da Copa Internacional de Vôlei. Não vou nem comparar com Gramado, já que alguns não gostam.

Imaginem Canela, consolidada como destino turístico, quantos eventos assim poderia receber, além do mais importante, oferecer uma estrutura adequada para as suas competições.

Fico, na verdade, chateado, pois as coisas são ou calça de veludo ou bunda de fora, ou oito ou oitenta, ou a vontade de A ou a vontade B.

Quando a comunidade manifesta a sua opinião, ela não quer ir contra a Administração, ela quer mostrar que é a sua opinião que deveria ser a mais importante. Mas parte de nossos políticos levam para o coração, como ataque pessoal, ficam brigando para ver quem fez mais (assim, no tempo passado), quem tem o pinto maior e ainda magoam quando são criticados.

O resultado disso é política pública feita nas coxas que produz cenas como esta da foto!

Sabemos que para este ano vai ter que ser deste jeito, mas se começarmos a pensar agora nisso, talvez para logo possamos ter uma solução.