Canela,

20 de maio de 2024

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Chico

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Francisco Rocha

Canela precisa urgentemente de uma estrutura esportiva adequada e o caminho é o Centro de Feiras

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O que eu vou escrever agora é chover no molhado (desculpem o trocadilho), mas, nesta quinta (22), outra rodada do municipal de Futsal, desta vez a abertura do Veterano, foi cancelada por falta de condições da prática do futsal, no Ginásio da Santa Marta. É a quinta vez este ano.

Calendário apertado e rodadas canceladas. A umidade deixou a quadra lisa e o primeiro jogo foi paralisado aos oito minutos após um atleta escorregar e levar um pealo daqueles.

Era pedra cantada, já havia falado disto na semana passada. Muitos leitores entenderam o que escrevi, outros preferiram acreditar que eu estava sendo preconceituoso com a Santa Marta. Muito pelo contrário, a crítica é para que o Poder Público melhore a estrutura do Ginásio Carlinhos da Vila.

Sabemos que, agora no inverno, não é possível. Mas em algum momento isso vai ter que acontecer. Este investimento tem que ser realizado. Assim, todos teremos um local adequado, os moradores de Canela, não apenas da Santa Marta.

Novamente, não é uma crítica ao economato do Ginásio, nem ao DMEL, que tem novo diretor há três meses. A crítica é para quem não pensa o esporte como uma política pública.

Fala-se muito em incentivar o público, ontem vi famílias no ginásio esperando os jogos e voltando para casa desapontadas. Com este tipo de problema, afasta-se o público das competições.

Antigamente tínhamos o Sesi e o Maristão, supriam nossas necessidades, mas são espaços particulares com os quais não podemos mais contar para as competições públicas. Ficamos mal-acostumados e não planejamos o futuro.

Esteio, Parobé, Taquara, Sapiranga, Panambi, Gramado, Rolante, Três Coroas, Igrejinha, Campo Bom, entre outras, sabe o que estas cidades têm em comum? Um ginásio municipal.
E sabe o que eles têm de parecido com Canela? O orçamento municipal, algumas até menor.

Construir um espaço poliesportivo do zero, hoje, é obra para mais de R$ 20 milhões em um tempo de pelo menos dois anos.

O plano da atual administração é vender o terreno da rodoviária, avaliado em R$ 11 milhões, e construir o ginásio na área do campo da celulose. Óbvio que com R$ 11 milhões não será possível completar a obra.

Por outro lado, com este valor, para investimento no Centro de Feiras, faríamos chover para cima. O local está lá, com piso pronto, área para estacionamento e uma série de benfeitorias que diminuiriam em muito a obra.

Cada pavilhão poderia ser usado para uma quadra, quem sabe uma delas de Fut7, com grama sintética, ou então duas de futsal. De dia, e com organização do calendário, poderia ser usado para eventos e feiras.

Faz tempo que dou esta sugestão, que daria um uso adequado para o elefante branco que hoje é o Centro de Feiras e dotaria a cidade de um espaço esportivo adequado, com condições de captar eventos esportivos nacionais.

Eu sei que é chover no molhado, mas vou seguir escrevendo por aqui, quem sabe alguém escute.

Ginásio Municipal de Campo Bom