Canela,

27 de abril de 2024

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Caso Patrícia Aguiar: Polícia Civil indicia condutora por homicídio doloso

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Patrícia Aguiar Cabral faleceu em decorrência dos ferimentos após a colisão

Delegado afirma que hospitais seguem sendo investigados pelo procedimento de transferência da vítima

Na última sexta-feira (28), a Polícia Civil concluiu as investigações e responsabilizou por homicídio doloso a condutora suspeita envolvida no acidente que resultou na morte de Patrícia Aguiar Cabral, de 40 anos, em Gramado. A suspeita encontra-se detida desde 19 de julho.

Durante o depoimento prestado à polícia em 10 de julho, a suspeita admitiu ter consumido bebida alcoólica no dia do acidente, mas afirmou não se recordar de ter se envolvido na colisão com Patrícia. No entanto, ela admitiu ter batido o veículo que conduzia, uma Spin, em uma árvore enquanto retornava para casa.

No dia 8 de julho, Patrícia foi encontrada gravemente ferida em um cruzamento de Gramado. O Samu a atendeu no local e a encaminhou para o Hospital Arcanjo São Miguel, em seguida, foi transferida para o Hospital de Caridade de Canela, onde veio a falecer cerca de oito horas depois.

Barcellos esclarece que a delegacia de Gramado continuará investigando os procedimentos adotados pelos hospitais envolvidos, mesmo após o término do inquérito sobre a colisão. A polícia busca compreender se a transferência da vítima para outro hospital foi apropriada dadas as condições de saúde de Patrícia. Durante seu depoimento, o marido da vítima, Jonas Isaque Gross, relatou que o primeiro hospital negou atendimento à esposa porque o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) era de Canela. O Hospital Arcanjo São Miguel justificou a transferência como necessária, pois seu aparelho de tomografia estava em manutenção.

O Hospital de Caridade de Canela afirmou à polícia que, durante a transferência, a gravidade dos ferimentos da vítima teria sido reduzida. Na declaração da instituição de Canela, informaram também que o médico que atendeu Patrícia, que chegou a ser sedada e intubada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), não considerou o caso como uma morte violenta, e, por esse motivo, atestou a morte como resultante de uma queda de motocicleta, liberando o corpo da mulher para a família sem acionar a Polícia Civil.

Essa liberação equivocada foi o motivo pelo qual o velório de Patrícia foi interrompido por volta das 6h do domingo (9), para que o corpo fosse encaminhado para a necropsia no Posto Médico-Legal (PML) de Osório. Após a descoberta de peças de carros próximas ao local da colisão e com orientação de um advogado, os familiares da vítima procuraram a Polícia Civil para questionar o andamento do caso. O Hospital de Caridade de Canela, através de sua advogada de defesa, Rosilá Salbego, informou à imprensa que, no momento, não fará comentários e que todas as informações solicitadas pela Polícia Civil já foram repassadas.