Canela,

6 de maio de 2024

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Chico

360 GRAUS

Francisco Rocha

Coluna 360 Graus — Constantino Orsolin, olhai pelo esporte!

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Na primeira partida da final do Municipal de Futsal Máster de Canela, disputada na última quarta (01), tivemos o melhor e o pior do esporte canelense.

O melhor foi a qualidade do jogo, muito equilibrado e corrido, nem parecia que a turma é de 40 anos ou mais. Depois, teve o início do Futsal Feminino, também com bons jogos.

O terceiro destaque ficou para a torcida, ginásio lotado para assistir os “titios” e as gurias.

A receita espetacular mostra como nosso esporte é forte. O vôlei feminino, nas terças, também tem lotado o Ginásio Carlinhos da Vila.

Há de se exaltar o esforço do DMEL para terminar o calendário, mesclando jogos de categorias diferentes para poupar em arbitragem e em horas de ginásio.

Mas, e sempre há um mas em tudo, os problemas também são evidentes. A falta de estrutura do ginásio não se resume apenas às goteiras, que forçaram o adiamento de diversas rodadas. Faltam arquibancadas para quem quer assistir os jogos, as redes já estão furadas e nós da imprensa também não temos um local adequado para a transmissão.

O ecônomo do ginásio se puxa, o DMEL se puxa, mas não dá para dar soco em ponta de faca.

Nesta noite, por exemplo, um atleta do Rio Branco caiu e bateu a cabeça na quadra, chegando a passar mal. Ficou um tempo deitado na quadra. Na final da segundona, uma parceria da Folha com a SerraMed disponibilizou uma ambulância com equipe para acompanhar os jogos. Ontem não deu, mas poderia ter.

Quando o Marquinhos se recuperou e levantou, a quadra ficou molhada e lá se foi o diretor do DMEL, Hélio Ecker, com um pano para secar a quadra. Claro que o Hélio fez de extrema boa vontade. Se não tivesse mais ninguém para fazer isso, eu mesmo poderia ter ido lá com o pano para secar e continuar o jogo, mas, não se trata disso.

O cara que tem que pensar, gerir e fazer o esporte acontecer em Canela é o mesmo que tem que fechar os buracos das redes e secar a quadra.

Neste momento, temos competições de quatro categorias diferentes em andamento e é muito trabalho para apenas duas pessoas, ainda que os times e outras pessoas como o Everaldo ou o Maique ajudem.

O título desta coluna é neste sentido, de sensibilizar quem tem a caneta e a chave do cofre para aproveitar, do meio de dezembro até o início de fevereiro, para dotar o Ginásio Carlinhos da Vila da estrutura que ele merece e precisa.

Quem sabe contratar dois ou três estagiários de educação física para auxiliar o pessoal do DMEL. Quem sabe colocar um agente administrativo no setor para dar agilidade no trâmite burocrático. Dispensar mais recursos, nem que seja do Livre, para melhorar as competições, e por aí vai…

Enfim, sabemos que Constantino seguirá prefeito até 31 de dezembro de 2024. É mais de um ano. Sabemos que suas prioridades são outras, mas ainda dá tempo de um alento à insistente, talentosa, participativa e NUMEROSA comunidade esportiva de Canela.

Precisamos repensar o Sonho de Natal

O Sonho de Natal vai acontecer, eu mesmo, nunca duvidei. Apenas não sabia qual Sonho iria às ruas. Mas, desde 2020 o Sonho de Natal acontece meia bomba.

Senão, vejamos. Em 2020, ano da pandemia, as atividades foram todas virtuais, a maioria transmissões ao vivo de algumas atividades.

Em 2021, aconteceram alguns espetáculos, mas, e sempre tem um mas em tudo, foi neste ano que eclodiu a Operação Cáritas, mostrando que muitas coisas do maior evento de Canela estavam na obscuridade, quando deveriam estar à Luz do Natal.

Em 2022, o Sonho aconteceu também meia boca, com problemas burocráticos e muitos atrasos.

Este ano foi pior, mais atrasos e pouca criatividade. Foi o Sonho que deu pra fazer.

A gente sabe que o ótimo é inimigo do bom, mas, entre nós, Canela pode bem mais que isso, nem vou falar em merecimento.

Que no quarto ano da terceira gestão de Constantino Orsolin, possamos ver o maior evento de Canela, um dos maiores do País, recebendo a atenção e a competência que ele merece e não se perdendo em pilas de processos administrativos, sendo bloqueado por terminologias cunhadas por quem não cria, não gere, não empreende e, principalmente, não entende…