Canela,

12 de maio de 2024

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Cabelo

OPINIÃO FORTI

Márcio Diehl Forti

Educação é sempre o Melhor Caminho!

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Eu adquiri o hábito da leitura com a minha saudosa avó, Jandyra Leal Diehl. Professora de formação, fazia questão de presentear os netos com diversas obras da literatura. Um dos grandes presentes que ela me deu, e que se perdeu em uma mudança, foi a coleção Monteiro Lobato. Na série, o escritor conta diversas histórias envolvendo a turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Muitas fábulas foram incorporadas ao cotidiano brasileiro, utilizando-se sempre de subterfúgios para fazer críticas à sociedade da época. O primeiro livro da série, “Reinações de Narizinho”, foi lançado em 1921.

Monteiro Lobato também era formado em direito e um frasista de primeira linha. Faleceu em 1948, mas seu legado transcende gerações. Obviamente, parte de sua obra envelheceu mal, com diversas passagens sendo consideradas racistas pelos padrões atuais da sociedade.

Uma das grandes frases de Monteiro Lobato é a seguinte: “A educação é a arma mais poderosa para transformar o mundo.” Acerta demais o escritor, primeiro porque pessoas educadas tendem a inspirar aqueles que estão ao seu redor; segundo, porque geralmente pessoas que levam a educação a sério conseguem ter um discernimento muito melhor entre certo e errado, procurando evoluir cada vez mais.

Todas as pessoas educadas fazem isso? Óbvio que não. Claramente, vemos pessoas extremamente educadas cometendo erros, mas a probabilidade é menor.

Eu acompanho a política da região há muito tempo. E acompanho também as pessoas que têm a responsabilidade de tomar decisões em nossa cidade, em diversos campos como educação, saúde, turismo, meio ambiente, economia, desenvolvimento social, habitação, segurança pública, entre outros.

Se eu fizer uma análise pela perspectiva do nível de educação de diversas pessoas que assumiram pastas importantes em nossa cidade, além de seus asseclas, fica claro que, em diversos momentos, o erro começou quando foram conduzidas ao cargo. O preparo de muitos era precário, afetando diretamente não apenas os processos, mas todos ao seu redor.

O cenário atual da nossa administração é muito difícil. O prefeito Constantino, certa feita, se queixou de que é difícil conseguir mão de obra qualificada com os salários pagos aos seus secretários. E cada vez mais eu vejo que realmente ele tem razão, não pelo fato dos salários, mas sim pela qualificação de alguns. E, no meio de tudo isso, temos diversas investigações que claramente denotam que outros não têm condição moral de estarem onde estão. Não sou eu quem está dizendo isso, são os fatos.

Ah, Cabelo, mas você está generalizando. Óbvio que não estou. Parto do pressuposto de que estou escrevendo para pessoas que saibam fazer suas análises do que publicamos na Folha. Sem citar nomes, podemos ver quem trabalha quieto e de forma consistente, na maioria das vezes sua pasta segue se desenvolvendo. Em outros casos, vemos muita autopromoção, muita retórica e, na sequência, acontecem coisas inacreditáveis.

Estamos apenas no começo do ano, e tem eleição pela frente. Cabe a todos fazerem uma reflexão sobre o que está acontecendo. E ler, não apenas livros, mas entrelinhas, faz parte do processo.

Finalizo dizendo que a série de Monteiro Lobato tem quinze livros, e a Operação Cáritas chegou à sua décima primeira fase. Será que ultrapassará a obra de Monteiro Lobato? Fica aí a minha dúvida!