Canela,

27 de abril de 2024

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Chico

360 GRAUS

Francisco Rocha

A maldita imprensa vendida, essa pária que presta um desserviço à sociedade

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No último dia 9, a GZH publicou no espaço de opinião, a convite do conselho editorial, um texto de Pedro Doria, co-fundador e editor do Meio, colunista de CBN, Globo e Estadão. O título é “A imprensa precisa existir”.

No decorrer de seu artigo, o jornalista fala da necessidade de entregar mais do que os algoritmos fazem, ou seja, algo diferente daquilo que ele identifica como o que cada usuário de redes sociais ou plataformas digitais quer ver.

“Sem imprensa, uma imprensa livre, democracias não são possíveis”, disse ele.

As próprias redes sociais se encarregaram de massacrar Dória. Os comentários nas plataformas foram todas no sentido de denegrir o veículo, no caso a GZH, que, segundo os leitores, é parcial.

O louco é que, lendo os comentários, tinha gente acusando a GZH de fazer o L e de ser facista, no mesmo texto. Cada um criticou o veículo de comunicação pela sua ótica, de quem é apaixonado pelo “mito imbrochável” ou pelo “amigo das ditaduras”.

A GZH manteve os comentários críticos nas plataformas, coisa que a gente faz aqui na Folha também.

Na semana passada, no dia 7, publiquei uma coluna que trazia informações sobre ideias de onde será construída uma Arena Multiuso, um ginásio esportivo que pode sediar eventos e competições. Como forma de provocação, chamei, propositalmente, no título: um golaço de Orsolin?

Pronto, o suficiente para críticas nas redes sociais. Aliás, críticas de quem nem leu a coluna, apenas ficou no post. Disse um leitor, conhecido ativista cultural e identificado com partidos de oposição ao atual governo: “queria saber quanto o Chico ganha para publicar essas matérias positivas para a Administração”!

Como me citou, fui lá com meu perfil pessoal e respondi que recebi o mesmo que recebo quando publico matérias negativas ao governo.

Um outro me questionou porque eu só entrevisto o prefeito. Este eu nem respondi, mas falo aqui, estava há mais de 40 dias tentando uma data com Gilberto Cezar, somente fechou para esta sexta, dia 15. A culpa deve ser minha porque os caras não têm agenda!

Sempre tem aquele que acredita que a imprensa não é séria (e, convenhamos, até tem os que não são sérios), mas, porém, todavia e entretanto, a imprensa é extremamente necessária.

Estamos em meio a um ano eleitoral e a população precisa buscar subsídios para definir o seu voto. Nosso papel enquanto imprensa é dar espaço, questionar e tentar extrair o melhor e o pior de cada candidato.

Sempre tem aqueles que dizem que os veículos de comunicação não devem ser remunerados pelo seu trabalho, que, na maioria, são os mesmos que vem pedir divulgação gratuita. Como diz meu amigo e grande narrador, Xuxu, a gente não pode ser pobre na pedida, mas infelizmente, sempre tem quem prefira o fracasso do que o sucesso, se este colocar alguém que não seja ele próprio em um patamar melhor.

Nós seguiremos aqui, fazendo o nosso trabalho, de dar voz para todos os lados, divulgarmos as coisas boas e as coisas ruins. A imprensa trabalha com fatos e opiniões, não com algoritmos. Os comentários nas redes sociais, positivos e negativos, são sempre bem-vindos, assim é a democracia. Além do mais, aumenta o engajamento!

Cada um consome o produto ou a informação que lhe convém, sabemos… Mas, prepare-se, segure-se na cadeira! Vem aí um ano eleitoral de tirar a paciência de um monge budista. E lembre-se, a informação que vem desta imprensa parcial, vendida e desnecessária, é o contraponto à desinformação que circula livremente na internet.

Para finalizar, para que exista uma imprensa livre, é necessário que haja imprensa.