Canela,

19 de maio de 2024

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OPINIÃO FORTI

Márcio Diehl Forti

O Dia Depois de Amanhã

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Eu trabalhei 14 anos em uma locadora. Adorava. Via filmes que eram puramente ficção. Filmes de terror, ação, comédia, ação, ficção cientifica e por aí vai. Quem lembra do Twistter? Ou Armaggedon? Teve um que era excelente que era O Dia Depois de Amanhã.

O filme bate na ideia de que os Estados Unidos politicamente foram os responsáveis por decisões que afetaram o clima mundial ao longo dos anos. Causando catástrofes antes nunca imaginadas. Com superefeitos especiais parecia um grande filme catástrofe que a gente pensava que ficaria preso as telas de cinema ou as tv’s de milhões de residências.

Enquanto escrevo neste espaço estamos vivendo mais um Dia Depois de Amanhã. Desde as chuvas que começaram castigando Santa Maria, Serra, Vale do Taquari e chegaram também na Região Metropolitana e a nossa Capital Porto Alegre, a gente vai tomando um choque atrás do outro.

São milhares de pessoas que perderam tudo. São famílias devastadas, pessoas mortas, cidades que praticamente não existem mais e outras que precisarão de muita, mas muita coisa. No meio disso tudo pergunto: adianta pura e simplesmente achar culpados agora? Se fizermos um regate histórico e apurarmos tudo o que se deve, muitas, mas muitas pessoas serão consideradas culpadas. E aí? Vai trazer de volta as vidas que se perderam? As memórias que deixaram de existir? Vai amenizar a dor de quem viu uma vida de suor sendo levada por uma enxurrada? Acredito que não.

Precisamos a partir de agora reconstruir, primeiramente a dignidade de todos. Um teto para dormir, um lar para ser refeito, comida que aquece a alma. Crianças com material escolar para seguirem aprendendo, brinquedos para ao menos não perderem a sua essência. Cuidar dos nossos animais de estimação, dar carinho para quem as vezes só quer um abraço.

Depois disso nossos governantes precisam agir. Correr para o mesmo lado, pensar no que se pode fazer para essas milhões de pessoas que estão prejudicadas direta e indiretamente. Assistência Social, Infraestrutura, Educação, Agricultura, Segurança Pública, Economia. Um plano gigantesco partindo de Brasília, e chegando a todas as cidades atingidas.

E que nesse processo todo se pense mais em tratar a causa do que o efeito. Senão sempre seremos pegos de surpresa e isso castiga à todos demais.

Neste momento não podemos ter adversários. Como eu digo sempre: se eu não fosse colorado, provavelmente seria gremista. Então por mais que sejamos rivais, temos elos gigantes. Neste momento esqueçamos partidos, crenças, clubismos e ideologias. Precisamos sim caminhar numa mesma direção. E somos capazes.

Finalizo dizendo que as pessoas boas são a maioria. Quase que na totalidade. Os ruins, cedo ou tarde vão pagar e tenho certeza que pagarão caro. Quem se aproveita da solidariedade ou da boa vontade da população neste momento não merece o mínimo respeito.

Por fim quero fazer um agradecimento especial a bombeiros, defesa civil, Polícia Civil, Brigada Militar e todos, todos voluntários que estão doando seu tempo e suas energias para ajudar. Isso nunca será esquecido. E seguimos esperando Dias Melhores, como diria Rogério Flausino! E tenho certeza que eles virão!