Canela,

5 de novembro de 2024

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Ju Alano

EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Juliana Alano

3.3 Gestão de dívidas

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Caro leitor, o momento é bem propício para falarmos de dívidas, pois o acúmulo delas é um problema que, muitas vezes, é encarado como algo sem saída. Quando uma pessoa está endividada, ela sente culpa, arrependimento, vergonha e angústia e esses sentimentos podem acabar sendo gatilhos para assumir compromissos financeiros com os quais não tem condições de arcar e, consequentemente, se endividar ainda mais. Quando estamos extremamente preocupados, com muitos problemas, fica difícil nos concentrarmos em atividades rotineiras, como cuidar dos filhos e trabalhar. O impacto mental das dívidas vai além e afeta diversas áreas da vida.

Existem diversos motivos para o endividamento, ele pode surgir de repente, com alguma despesa alta e inesperada, ou pode ser gradativo, com faturas de cartão atrasadas, a famosa “bola de neve”.

É muito importante diferenciar endividamento e inadimplência, pois possuem significados diferentes. Enquanto endividamento se refere a qualquer pagamento futuro assumido no tempo, a inadimplência é quando não conseguimos arcar com esses compromissos. Em outras palavras, enquanto o consumidor está conseguindo pagar suas dívidas, ele é considerado apenas endividado. No momento que ele deixa de pagá-las, ele passa a estar inadimplente. Portanto, a inadimplência ocorre quando existem dívidas em atraso.

A gestão de dívidas é uma parte importante para uma vida financeira mais saudável. Ela é a melhor forma de encarar esse débito e impedir que se torne um empecilho para a conquista de seus objetivos.

Quando se está endividado, o primeiro passo para sair do vermelho é ter consciência do tamanho do problema. Portanto, liste todas as dívidas — atrasadas ou não. Por exemplo, parcelas nos cartões de crédito, prestações de financiamentos e empréstimos, carnês de lojas e contas da casa.

Priorize as dívidas mais caras, são elas que precisam ser pagas primeiro e as mais baratas depois. No entanto, é importante entender que uma dívida mais cara não é aquela que, necessariamente, tem o maior débito, mas aquela em que você paga mais juros. Afinal, os juros são a remuneração do credor pela dívida. Porém cada caso é um caso, existem algumas estratégias específicas para situações extremas de endividamento, das quais a legislação possui artigos para proteger o consumidor.

Quando falamos de endividamento é importante que você saiba que o sistema financeiro nacional trata como nível aceitável até 30% da receita. Acima desse percentual as demais áreas da vida começam a ser afetadas. As pessoas podem desenvolver capacidade de lidar com as dívidas, uma delas é entender que é necessário muitas vezes mudar o foco e esquecer elas. Como assim esquecer as dívidas? É necessário pensar na solução delas, porque se o seu foco estiver no problema não irá conseguir sair dele.

O brasileiro foi instigado a pensar que o crédito é a coisa mais importante na vida de uma pessoa, porque ele representa credibilidade, entretanto ele acaba sendo um inimigo das finanças porque as pessoas o utilizam de forma errada, elas acabam pegando mais crédito para pagar aquele anterior entrando numa furada ainda maior, o que para muitos é um ciclo vicioso, ou seja, se acostumaram a viver nas dívidas.

Uma das formas mais inteligente de sair de uma dívida é construir novas fontes de renda, pois além de sair da situação, constrói um novo fluxo de dinheiro que pode se tornar uma verba para um investimento no futuro. A dica de ouro é não entrar nas dívidas e muito menos se tornar um inadimplente.