Tempos atrás, Chico Rocha e eu entrevistamos o atual presidente da Câmara, Jeferson Oliveira. Foi um ótimo papo e gerou diversos “cortes”. O mais forte foi quando Jefe afirmou com todas as letras que não iria ser candidato em 2024. Nos apegamos a isso, e lembro bem a minha cara e a do Chico de surpresa quando ele falou isso categoricamente. Se vai acontecer ou não, nos próximos meses saberemos. Hoje, o presidente da Câmara faz parte do PSD.
Em certo momento, Jeferson disse, e está gravado, que o governo atual não prioriza e nunca priorizou Cultura e Esporte. Apesar de todos notarmos isso, ficou um tom mais oficial quando saiu da boca do presidente da Câmara e um dos principais defensores da gestão Constantino.
Eu poderia citar diversos exemplos do que o vereador Jefe fala. Poderia citar o, de certa forma, abandono do trabalho da então secretária do Turismo, Carla Reis, que tentava fomentar melhor a parte cultural da cidade. Poderia citar o esvaziamento do DMEL, a falta de investimentos ou o fato de muitos eventos simplesmente pararem de acontecer sem a mínima satisfação por parte de diversas pessoas. Gente boa como Marcelo Drehmer ou Dilo passaram por lá. Todos sabemos que faltou, sim, apoio.
Agora, este ano parecia diferente. Não sei se por ser ano de eleição (mentira, óbvio que sei). O fato é que Hélio Echer, um dos maiores nomes da história do esporte da cidade, faz um trabalho que parece bem apoiado. O Ginásio Carlinhos da Vila suportando razoavelmente os eventos, o público e as equipes prestigiando, e o anúncio, finalmente, de um Ginásio Municipal na cidade com ótima estrutura para receber jogos e eventos de fora. O que parecia um sonho, já diria meu amigo Dito Sumariva, se tornaria realidade. Tudo isso como uma contrapartida de um contrato com a CORSAN. Ou seja, teria dinheiro mesmo.
Corta para a sessão de Câmara de segunda-feira. A entrada, para variar um pouco, de um PL no apagar das luzes pedindo para os recursos destinados ao ginásio serem redistribuídos de forma emergencial para outros setores, devido à crise instaurada pós-chuvas.
Eu entendo perfeitamente que agora pode não ser o momento mais adequado para se pensar em um ginásio municipal. Existem pessoas que não têm mais casa e sabe-se lá quando vão ter. Mas Canela teve um superávit gigantesco em 2023, propagado por muitos. Existirão diversos meios de captar recursos para o município, é só saber buscar e também trabalhar os mesmos de forma coerente. O que não foi o caso após o tornado, quando uma empresa sem competência nenhuma foi contratada para fazer diversas casas, e deu no que deu.
Eu fico constrangido por alguns vereadores e citarei nominalmente um: Marcelo Savi. Ele encampou essa briga. Botou sua cara a tapa e levou diversos esportistas na sua barca. Se quer capitalizar isso politicamente? Acredito que sim. Está errado? Claro que não. Só ficou feio para ele, principalmente pela forma que o assunto desceu do Executivo. Pareceu um desprestígio com alguém que, no momento, é o nome mais citado por todos como candidato da situação ao cargo de prefeito. Como falei anteriormente, isso aconteceu com a Carla enquanto secretária de Turismo e gerou estremecimentos. Mas o prefeito Constantino também é mestre na arte de equilibrar algumas balanças. Tanto que a vereadora seguiu no MDB mesmo após todo mundo pensar que ela estaria fora do partido!
Eu até acho que vou rever a entrevista com o Jeferson. Vai que outras razões como estas apareçam! Quem duvida não sabe como a banda toca na cidade. E nem é a marcial!