Canela,

18 de setembro de 2024

Anuncie

Cabelo

OPINIÃO FORTI

Márcio Diehl Forti

Opinião Forti • Clássicos Anos 90 de Canela

Compartilhe:

Estou de férias por alguns dias então resolvi não me inteirar dos assuntos ditos sérios aqui na região. Então a coluna de hoje é sobre lembranças clássicas de ser jovem nos anos 90 aqui em Canela e região.

Na época a noite era um pouco diferente do que a atual. Sem o advento de redes sociais e outras ferramentas que facilitavam o contato, as coisas muitas vezes eram combinadas no intervalo da aula de sexta. Depois disso muito boca a boca e telefone fixo.

3D, Danceteria Casanova, antigo Bill Bar, Estação Z, JEP, Hotelito, viagens para Igrejinha com o citralão para a Oktoberfest e tantas outras baladas são cultuadas até hoje. Muita gente sonha com a reabertura do Bar dos Metralhas e jura que daria certo novamente.

Ser jovem na época e não ter carro (a sua maioria) era chegar na festa e já se preocupar com a carona na volta. Muitas vezes não se conseguia. A caminhada da Dance e do Laje eram pesadas. Nem falo da volta de uma boate do Tênis de Gramado. Acontecia e a gente dava risada e ainda comia o cachorro quente do Batatinha. Chegávamos altinhos e ao final de tudo a conta dava “10 pila”.

Os anos noventa eram de marcas como a Gang, a Drop Dead, os tênis de Futsal da Pênalti e fumar escondido dos pais um “Gudang Garan” era uma transgressão absurda. Quem nunca sonhou em ter uma mochila da Company para chegar na sala de aula e esbanjar?

Ir pro Maristão e fazer parte das torcidas de Forrageira, Guarani, Deport, Santos ou Amigos do Bar era demais. Grandes clássicos. Na saída já comíamos um espetinho “de gato” do Seu Alvarez com uma guaraná Polar!

Nos domingões a galera se reunia no Art Dog, no muro do Banrisul ou na Confeitaria Martha.  Os Corsas, Kadetts, Chevettes e Monzas bombavam seus sons Pionner no Posto Pedras Branncas. Do nada chegava uma turma de Jipe e a coisa invadia a noite. Era pra já que pipocavam uns convites pros domingos na Dance ou pras domingueiras do CTG. A segunda já começaria atrapalhada!

Todas as turmas tinham os apelidos. Na minha tinha o Camarão, o Baleia, o Tiaguinho, o Votan, o Cabeça, o Claudinho, o Testa, o Tetê, o Jota, o Gabi, o Magalão, o Gringo e quem não tinha apelido ia de sobrenome: caso do meu cumpadre Becker.

A gente tinha medo do Janbolão, do Catatau, do “Negão Xiru” e do “Diabo Loiro”. O Rodizio de Pizza do Hod’s era uma novidade que lotava sempre. Que saudade de comer um quarto do Bifão acebolado com a maionese da Tia Elvira. Os feriadões da Páscoa eram recheados de atrações e a procissão saindo desde a igreja era programa imperdível! Ah, e os finais de semana do encontro de Motos eram históricos. Motocicletas de todas as “raças”. Motoqueiros em bando, muito rock n’ roll e do nada algum maluco fechando “zerinho” em vias públicas.

Carnaval não era na praia, era na serra! Saímo Sem Querer, Só Falta Você, Charanga do Boleia eram os blocos e todos com alto número de componentes! E na terça tinha apresentação dos Fantasmas no Serrano que tinha 3 ou 4 noites fortíssimas. Ainda tinha desfile na rua e a sexta do Minuano em Gramado que geralmente abria os trabalhos da folia do Momo!

Eram bons os anos 90!